sábado, 29 de agosto de 2015

BRISA DE AMOR

A simplicidade acontece,
entontece,
disfarça a pele
que jaz cravada em si mesma.
A atenção desaparece,
e dissolvida vai,
cantante ao nada,
além da observação alheia.
Os passos inquietos,
cessaram,
sumiram,
caminharam pra algum lugar,
à deriva,
não mais.
A floresta assobia o sopro,
vida,
pertinente exala dentro,
alma andarilha vem,
olha e vai.
As centelhas infinitas,
célula-DEUS,
entopem o caminho,
desentopem a alma.
O coração arredio,
recebe o vento-luz,
transformação,
mudança,
satisfação de criança.
São passageiras
todas as formas,
mas exalam o perfume das rosas.
Então,
no elemento cortante,
língua,
desfaz-se o corte,
refaz-se, brisa e paz.
E na memória da imagem,
mais densa,
renova-se o brilho,
retrata-se a vida,
cura-se, alma,
desfaz-se o medo.
Os trilhos se vão,
ficam atrás,
em algum lugar.
Agora a jornada é quente
brisa de amor,
iluminação.

Vanize Claussen
29/08/2015

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