domingo, 11 de fevereiro de 2018

FOLHAGEM ÚMIDA

Na ventarola escondida

da pátina congelada,
serpenteando idéias,
como tufões discretos,
revejo sensações antagônicas.
O presente, frequente gemido,
colore a alma
entrelaçando passos.
As sandálias,
discretas,
vermelhas olham.
A vastidão espera,
as gaivotas sobrevoam...
areia, comida,
água gelada, salgada.
Sol latejando,
pele, frio...
Intensidade, oração.
Vibração de paz
nos pés inquietos
do brilho dilacerando água.
O mar abocanhou 
as pedras das soluções,
examinando luzes,
florais perfumes,
crianças, brincadeiras...
Essa reticência fugidia.
O vôo exala certeza,
apenas a folhagem úmida
encontrando amor.


Vanize Claussen

18/12/2017


COMIDA

Rúculas,
talvez trufas...
Horizonte infinito
onde o verso,
discreto,
come.
São mazelas perdidas,
flores escondidas
na sementeira do estômago
cheio de verdades.
Importam apenas colheres,
de azedinho fruta.
A beringela,
 abobrinha,
a cenourita...
Azedumes,
não mais.
Amargo na boca,
para que?
Se a comida saudável,
instável e feliz,
passeia alegre
dentro da cabeça.
Saudáveis ventos- flores,
cheios de cores,
seguindo viagem.
Ah! Tempo!
Preciso de alimento,
todos os dias,
de alma.

Vanize Claussen
11/02/2018


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