sábado, 13 de novembro de 2021

ESTOU AQUI, DE PASSAGEM

 Eu não melhor que ninguém,

nem sei tudo,

sou apenas mais uma

dentro dessa grande civilização.

Não sou mais, nem menos que ninguém.

Apenas estou aqui,

de passagem,

buscando uma imagem

aqui e ali...

e tentando refletir,

nas insanas corredeiras,

a paisagem que percebo.

Eu Sou. Tu és. Ele é.

Nós somos,

portadores da imagem

do aprendizado individual.

Cada um de nós

tem uma mensagem a passar.

Isso é lindo e especial.

E através da nossa intuição e emoção,

vamos construindo através 

da mensagem pessoal,

a nossa voz,

nossa imagem,

nosso experimento.

Então apenas digo:

Estou aqui, de passagem.

E, discretamente,

deixo minha mensagem.

E, quem tiver ouvidos e olhar,

que seja como luz

minha palavra à você.

Estou aqui com a passagem,

porém sem data,

sem hora...

Ela apenas passeia

sobre minha vida,

o movimento da partida,

algum dia.

O endereço em que vou morar?

Ainda não posso especular.

Porém,

antevejo a imagem no coração,

mostrando que na outra dimensão,

quântica,

um dia estarei sobrevoando,

morando e experimentando.

Hoje,

aqui e agora,

apenas observo os entornos

das paisagens ao redor.

Apenas reflito:

Estou aqui, de passagem.


Vanize Claussen

13/11/2021













quinta-feira, 8 de julho de 2021

MOMENTO DE SEGUIR

 O templo da vida,

ainda que distante,

nas revoadas discretas,

vai entornando,

nas pastilhas dos sabores

a canção do amor.

O céu abre-se

para transformar

as marés da vida,

trazendo conforto.

O divino vem abrir

os caminhos difíceis,

acordando o melhor

diante de tantas fronteiras.

O rosto abre-se

na busca incessante

de um novo olhar.

Estamos a deriva,

na roda d'água

incendiadas de luz.

E na discrepância do voo

dos têmperos sem cheiro,

sem gosto,

abre-se o novo lugar,

a nova voz de calor

inovando meus projetos ancestrais.

Agora,

espero,

com a brisa

em meus cabelos soltos,

o momento de seguir em frente.


Vanize Claussen 

08/07/2021






segunda-feira, 5 de julho de 2021

QUER FICAR UM POUCO MAIS?

 A letras, 

ainda úmidas,

descartam a precisão

dos experimentos humanos.

Ainda,

 que doces,

saltitam nas salivas loucas

do teu beijo molhado.

A nuvem disfarça a orientação

das pudicas escolhas,

disfarçadas de medos.

Olho-me,

INCANDESCENTE.

Na certeza das irreverências

de tantas cores,

de tantos amores

escondidos em tua alma.

A sincronicidade

arremata o tempo

de visão atônita

nas vazantes da lua.

Arrependimento?

Nenhum.

Tropeços,

milhares.

As contas chegam,

estremecem,

emolduram o quarto

e a sala de estar.

A varanda de vidro

ressoa a paz

das flores penduradas.

O quarto aquece os sentidos

para ver além do trivial.

Vou pelas corredeiras insanas

te procurar além da praia.

A montanha não aquece,

apenas estremece

meu ventre de fogo.

Abro-me como brisa,

na cor branca da paz

e olho-te.

Quer ficar um pouco mais?


Vanize Claussen

05/07/2021



quinta-feira, 8 de abril de 2021

ABRE A JANELA!

 Navego,

por entre as flores de maio,

esquento,

esfrio.

solto numa canção,

a visão solta da águia.

Amorno os traços,

vou enlaçando,

roendo a corda

da cordilheira.

sorrateiramente defumo,

nas líteras fornalhas:

o amor.

Amplio as limitações

mais densas

em novas sementeiras

de luz.

Vou soltando a pipa,

dando linha ao vento

da transformação.

Invento, escrevo,

reúno centelhas dispersas.

Os versos soltos

se encontram e desenham,

nas letras orvalhadas

das lágrimas brilhantes,

o toque límpido

do reflexo no espelho.

Agora,

o concerto do relógio,

no tic tac da emoção,

realça os passos 

na terra molhada,

ainda que,

timidamente,

o caminhante segue.

E nas passadas líquidas

dos amores tragados,

vai selando sua frequência,

nas sólidas impermanências.

O outro lado observa,

imponente,

o grito adestrado

do rompimento.

A porta abre-se feito luz

e a sala está repleta

de silêncios mansos.

O coração bate forte,

como sino,

abrindo as fronteiras,

deixando-se ver.

Novamente o amor acordou.

Abre a Janela!


Vanize Claussen

08/12/2019




PRESENTE PRECIOSO

 O tempo,

no esplendor discreto,

realiza as estações.

sorrateiramente 

desliza a idade

da busca,

e entendemos:

o que passou, 

passou...

Agora desligamos

as comportas,

apenas vamos

abrindo caminho

aonde a brisa levar.

Tomamos as rédeas da nau

e vamos navegando,

infinito adentro

na pesquisa infinita

de ser sementeira.

Olho para trás,

relembro-me,

não choro mais,

apenas absorvo

a mensagem.

O presente precioso

das divinas estações,

ainda que intenso,

sem intenções.

É a vida que nos percorre atenta

e nos movimenta

ao céu de luz.

Assim, 

agradeço e adormeço.


Vanize Claussen

19/09/2021




quarta-feira, 7 de abril de 2021

ASAS

Lança a flecha da gaivota,
mais adentro,
 na procura do vento
navegante no mar de amor!
E nas profundezas 
das águas mergulhadas,
a flor desabrocha,
como alma de passarinho.
No voo leve,
carrega em si,
o experimento das drusas,
onde constela essência
de brilho límpido,
plainando sobre a água, 
restaurando os sons 
das tartarugas mágicas.
E, nas colossais 
pedras algatizadas,
nesse imenso mar,
que expande dentro,
observando essência,
realizando a paz,
somos brisa,
somos água,
somos terra e sol!
Tudo está em nós,
faz parte de nós.
O todo se manifesta!
E mesmo findando nesse tempo,
existe mais, 
muito mais,
além daqui.
A saudável 
impermanência
de tudo,
revela-se nos segundos
e estamos a mercê
de nenhuma conclusão,
apesar de existir
a morte no plano físico.
Ainda assim existem
outros movimentos,
outros planos, 
dimensões quânticas,
outras vivências,
numa outra linguagem.
a dor apenas faz evoluir
a centelha divina do amor
e em cada nau se eterniza.
Portanto,
não há morte na essência.
Existem apenas
inúmeras transformações
na centelha individual
de volta ao todo.
Amor e gratidão
é o sentimento dessa era.

Vanize Claussen
22/03/2021







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