segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

PULSAR


O estado de entrega

não funciona,

é preciso uma conotação de imagem,

uma fórmula secreta,

que chame, abrace

e transcorra em meu ventre-alma,

e faça-me sentir

MULHER DE ESTRELAS

e toque-me dentro,

em minha fonte-alma de luz.

Quero ser brisa,

deixar-me tocar

na ardência do coração,

que ama e ama.

Ah! Sentido de êxtase!

Ah! Doce selvagem-mulher em mim!

Balança-me de cores,

nas flores do jardim,

faz-me soltar o pé do lugar

prá viajar além daqui

e ir na busca de encontrar,

além do véu, além mar,

achar vaidades simplificadas,

 além das planícies, planaltos.

Forjar a busca incessante

Que a alma não deixa parar.

Ah! ALMA VIAJANTE DE LUZ

que existe em mim,

embala-me em teu pulsar!


Vanize Claussen

 06/11/2012

PALAVRAS



Leve,

Pesado,

Discreto,

Decente,

Indecente,

Total,

Final,

Início,

Completo,

Complemento,

Descendo,

Subindo,

Riscando,

Surtando,

Voltando,

Sublimando,

Ecoando,

Dentro,

Fora,

somente,

agora:

palavras.  


Vanize Claussen 

18/05/2012

PENSAMENTO


PENSAMENTO

Quero alçar voo
da imaginação,
onde não existem segredos,
onde formas
são apenas imagens.
E ali,
neste ponto,
onde paisagem
confunde-se
com sentimento,
quero confortar
e relaxar...
lugar sem medo,
sem roubo,
sem constrangimento,
lugar de querer ficar
o pensamento.


21/07/2012
Vanize Claussen

PERCEPÇÃO



Que eu encontre em você,
mesmo na distância,
na epiderme de alma,
as linhas deste poema.
E quando me fala em ‘calma’
que seja arrebatador o pulsar do gozo,
que anestesia meu corpo.
Que seja leve o sopro
no sonho da vida,
mas que intenso fique
em nossa percepção.

Vanize Claussen

OLHAR DO SILÊNCIO


Neste olhar lacrimoso de esperança,
Brota a flor calma de gotas
Envolvendo o pensamento:
Produz o som do silêncio (macio),
Que cai sobre a terra
Lavando a poeira.
Acima,
Dentre ramos do azul-céu,
Brancos carneirinhos vêm em busca do amor
Querendo descobrir a forma da dor.
A relva, quase sem brilho,
Tornou-se nítida de luz.
Esta noite os grilos
Rimam canções coloridas,
Os cavalos adormecem com a terra,
As corujas olham
Compassadamente as o tempo,
Os pássaros da noite sobrevoam o céu;
Todos os animais têm aspecto exterior.
E eu aqui,
A chorar com a chuva
Que me leva profundamente
Nas suas águas de verão.
Deito-me abaixo dela,
Deixo-a bater em mim
Com seu jeito calmo de soltar
Suas pétalas d’água.
Adormeço com o sonho
Que leva-me novamente
A ver esta cortina transparente.
Sob um grito acordo meu pensar...
Mas, que desta chuva
Nunca me esquecerei,
Pois floresce de repente
No coração da gente

Vanize Claussen
( dedicada aos dias em que teu olhar derrama o suor do tempo)

ACONCHEGO



Sou romântica e discreta
E só me abro como flor
A quem se abrir para mim.
Creio na eternidade
E me suporto sem enganos,
Pois a vida se compreende
Sempre que houver amor.
No aconchego do seu carinho
Encontro-me com cheiro de rosa
(perfumada com teu amor).
Observo o teu corpo,
Mas quero tudo em você.
A matéria é o mínimo
Que podemos obter um do outro.
Para além existe a alma
Que dá sentido a tudo.
E sentir o tudo é maravilhoso!
Compreendemos assim
Que somos tão pequenos
Diante de um universo infinito
De um Deus onipotente.
Somos força que nunca pode
Parar de vibrar,
Pois o sentimento
Torna toda vida bela.
Somos uma janela
Aberta ao mundo.

Vanize Claussen

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vídeo sobre o livro ETERNO OLHAR





AMOR




Pétalas de rosas vermelhas,
muitas...
óleos aromatizantes,
velas aromatizadas,
um vinho tinto seco e
duas taças lindas...refletindo as luzes cálidas das velas
e um tom amarelado refletindo as paredes
onde as sombras estão balançando e iluminando o quarto.
Ah! Esse amor que não chega!

Vanize Claussen

O BALLET DA ESPERA



Dançando conforme a música
vou esticando minha alma
de horizonte de espera,
inicialmente, capricho,
depois certeza
de não haver nada igual
ao cantante ser dançante em mim.
É o ballet do amor
que estala, crepita, foguenta
minha vontade de ser amada,
como criança acariciada
e de beijos acalentada.
Oh, doce fortuita vontade
de estar apaixonada de brisa!
De fulgurar as entranhas da cor,
onde sopra os anseios mais puros
e se alimenta o movimento de luz!
Oh, doce ballet da espera!

02/09/2012
Vanize Claussen

MINHA TIA-AVÓ


Seus cabelos brancos
refletem experiência,
sinônimo de vida,
onde a esperança,
brilha grandiosa
em seus olhos negros
de criança em alma.
Ah! Tempo sem perdão
que nos incomoda
com o passar da idade!
Uma verdade
iluminando os passos,
mas em seu corpo,
dissolve tranquilo,
 imagem de luz.
Espaço-tempo
de imagens do corpo,
do novo ao velho,
mas carregando em si
a madureza do amor
e a certeza da realização
na sabedoria enraizada,
como árvore frondosa
e antiga na idade.
Ah! Esses cabelos brancos!
Quanta sapiência do amor!

Vanize Claussen

5-11e12/10/2012


Dedicada a minha Tia Bega

CARÍCIAS DE LUZ


Não me importam o parágrafos,
pois não são escuros,
entre um e outro
a força vai aumentando o amor
e jamais perdemos os momentos.
Eterniza-se a sensação
quando existem estas pausas
para cantar o coração.
A saudade aperta
e outro parágrafo recomeça,
cheio de carícias de luz.
Ninguém fica só
e a essência profunda da luz
nos mostra isto.
Somos feitos um do outro
mas ninguém é dono.


Vanize Claussen

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

VÁCUO


Quero ter a visão da águia,
que em seu alto voo
busca o ninho mais precioso.
Quero estar livre de barreiras
e soterrar o que incomoda minh’alma.
Quero voar, libertar a emoção
e viver um amor sem limites.
Quero na profunda sabedoria
encontrar o verdadeiro anjo do amor,
que exala sinceridade
e fale a mesma linguagem.
Quero dormir tranquila
e ao seu lado sentir pura presença,
exalando luz e paz.
Quero uma alma que me aqueça
e em minha intimidade ser melhor.
Quero cabalisticamente encontrar esta parte
Separada de mim em e unir,
em harmonia transcendental.
E nessa busca constante,
encontro e percebo:
- Os anjos de cima somente nos livram.
Sou grata, graciosamente feliz,
por livramentos intangíveis
e por curas inexplicáveis.
Agradeço a verdade que aparece,
Mesmo no desagrado de corroer meu coração,
já amando.
Agradeço pela vida, pela paz,
pelo vácuo que me faz olhar além de mim.

Vanize Claussen 

18/06/12

SEMENTEIRA DE AMOR


Que me passa,
que me fere,
que transmuta minha pele
e transforma o meu ser.
Você,
na distância
me abraça, me pega,
dorme comigo na cabeça.
Não entristeça Amor,
aqui estou a te esperar.
Vem o vento,
tempestade que arde
em meu coração cansado
de tanto esperar.
Tua boca me fascina,
o teu jeito me alucina
de querer ficar.
É um tempo sem resposta,
mas a brisa lança
seu olhar de compaixão.
Sementeira de amor
que vibra,
acolhe meu pensamento
prá lançar a ti.
O momento é de explosão:
cores, rimas e todas as luzes,
curando nossa canção,
como uma mar,
que limpa idéias.
São centelhas de faíscas,
de surpresas
a nos esperar...
e a viagem tardia,
porém perfeita de abraçar.
Na praia sinto a sede
na dança da areia
a nos envolver e cantar.
E o poema vai saindo,
surrupiando nossos fogos
e esclarecendo a vida
do sabor de verdadeiramente amar.

15012/2012

Vanize Claussen

TEMPO FLUÍDICO


O tempo físico
reflete movimento intenso,
desde a era primitiva
não se viu coisa igual,
e a profunda história humana
relata evolução tecnológica intensa.
Onde isso vai parar,
se vai parar?
Minha percepção fica aguçada
tentando dissolver imagens,
quero restaurar
do meio da natureza
minha essência,
que jaz em um por cento.
Quero o toque colorido
de noventa e nove por cento
do mundo invisível ao físico.
Assim posso sentir,
apesar de na matéria,
o sentido de estar aqui.
Ah, esse tempo fluídico! 
Contato sem igual
da verdadeira forma
que vai além
do que vemos aqui.

Vanize Claussen 20/10/2012

TOQUE COLORIDO


Meus sentidos afloram,
fazem derramar,
dissolvendo nuvens densas,
trazendo paz.
Como Caminhante
em busca de uma certeza,
prostro-me olhando, e,
ao redor,
quanta beleza!
A claridade e o calor do sol,
vão trazendo do sabor de rosas
e entornando cheiro de pêssegos.
Na transparência do abraço,
recebo o que o destino traçou,
o toque colorido,
a mágica do amor.

Vanize Claussen  15/10/2012

Ah! O amor!!!!


O que seria do amor se não fossem os incríveis altos....baixos que acontecem dentro em nós? É preciso não ser morno, mas viver o que o amor propõe...

Muitos e muitos ainda estão na busca do encontro, mas verdadeiramente o AMOR está dentro de nós.

Pode-se perceber que o outro nos ama, mas só podemos entender o amor que sentimos, pois o lado de lá é uma metáfora.

Se pudéssemos estar no coração do outro a ouvir, talvez a melodia fosse perfeita aos nossos ouvidos.

Ah! O Amor! Esse viajante misterioso do coração a embalar como canção a vida em nossos corpos tão mortais!


VIDA


 Respirando tempo,
luta, força, lamento,
triturando espaço,
cansaço, tormento
de um vagar impune
de vida
querendo viver.

16/12/2012

Vanize Claussen

COLHEITA DE AMOR


Está chegando o tempo,
tempo de colher,
recolher,
recolhimento do ser
numa forma de amar,
sem limites dizer,
initerruptamente estar
conjugando o amor de estrelas,
de brisa e luz.
Ah! Tempo de espera!
Restaura em cada dia
todas as flores de minha alma,
fortalecendo, intuindo
e dissolvendo o fel.
Traga mel em cada pensamento,
em cada palavra,
transforma o coração em favo
e perfuma com cheiro doce
nossa estrada e caminhada a dois!
Fortalece os sentidos
de verdade latente
e emite sobre nós
a transparência de viver,
de amar e colher,
na breve certeza de presente,
de presença.

15/12/2012

Vanize Claussen

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

TEMPO DE ESPERAR



Quero a certeza do seu abraço
me apertando a alma
no carinho espantoso de ficar,
onde só luzes e cores
se entornarão ao nosso redor,
cantando vida e paz.
Mas a única certeza
que me resta
é a gota do esperar...
e no relógio do tempo,
numa fração de segundos
seu insight pode acontecer.
Quando realmente se abrir
e vier cantar nosso amor,
viveremos a paz da alma
unidos num som uníssono.
Ah! Tempo de espera lancinante,
Descortinando minha alma de amor!
quero estar contigo agora,
saboreando seu calor,
dissolvendo-me em sua pele,
massageando nossas almas
da verdade de estar.
- Vem Meu Bem, me buscar!

06/01/2013
Vanize Claussen

MEU BEM

 

Vem me buscar
Meu amor, Meu Bem,
por que a vida
é breve lampejo de  alma!
Se as curvas do tempo
não puderem romper
teu desejo de estar,
que posso fazer ou dizer?
O amor é navegante discreto
e nos corações pousa.
Se tua vontade existe,
basta apenas dizer.
Oh! Amado meu!
Não aquiete teu amor,
abre as asas, vem voar
e sentir o meu calor!
Esperando estou
nesta nau em calmaria
de não ver para não sofrer.
Se ainda existe amor,
vem brincar comigo de flor
e amadurecer nossas frutas
na verdade de estarmos juntos.
Aguardo o tempo,
sem sofrimento
e o que tiver de ser,
acontecerá.
Receba os beijos da minha alma
na buscança de te amar.
O receio já se foi
por que não podemos perder
o que o destino traçou.
Espero do tempo
a madureza do amor em nós,
em nossa vida.
Vem me buscar,
vem me trazer, Meu Bem,
Meu amado...
na alegria de viver
sem medo de encontrar!

15/12/2012

Vanize Claussen

CILADA DE AMOR



O silêncio rompido,
o amor engajado
nesse templo vivo
de sabores de tudo.
E lá fora os pássaros
anunciam o amanhecer!
Não importa o dinheiro,
nem suas vergonhas,
mas o canto silencioso
de seu coração.
E lá,
Onde não existe sociedade,
Talvez, nesse ponto,
O amor desabroche límpido.
Por que esconder
Nesta imagem social
A certeza de querer ficar?
Motivos, tantos motivos...
Encontramos
sabotando o amor!
Talvez um medo,
tão grande receio
de falar e sentir
a felicidade!
Cilada de amor,
que envolveu,
tocou, tentou
meu coração
e não foi só tesão.
Sensação absorta,
tentativa inexata,
formação incompleta,
que rompeu minha alma.
Quantos anos de espera!
E no exato instante,
um rompante incontido
de sentimento amassagado,
sofrido, doído de uma vida
na emoção partida
de nós dois.
Ah! Impotente sensação de amar,
diante da imagem
de uma sociedade falida
e morna!

Vanize Claussen  14/12/2012

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

TÊMPERO



Tempero
com alma
numa grama
de marcas atônitas,
na quimera de um abraço.
Foco pautado
nas flores do tempo,
que vai rápido,
como se os minutos,
cravados na vida,
se dissolvessem
num estalar de dedos
e pudessem extinguir
capítulos passados, parados.
Mas a dor,
ainda latente,
permanece,
não esvanece e
procura a certeza
na incerteza de existir.
Imagens renascem
e formam potes
de loucura de amor,
onde,
em instante de prazer,
o corpo tranquiliza-se
e viaja, navegando
o mar do subconsciente,
experimentando, assim,
a certeza expressiva
da vida real.
25/07/2012

Vanize Claussen



TEMPORAL



O dia amanheceu nublado
com inquietações
assombrando a mente,
coisas de não querer ficar.
Ir embora
seria menos frustrante
que simplesmente ouvir
o gosto do que
não se quer.
Palavras voadoras,
feito esfinge,
quantas vezes,
quantos anos...
Igual agulha
que penetra a pele
dolorindo-a.
Poderia ser diferente,
mas a marcha
foi engatada 
e não se sai do lugar.
Ainda existe tempo?
Não sei...
O espaço apertado
dentro em si,
desata a chorar os erros
e o que não se fez.
Agora é momento de esperar.
Vanize Claussen 8/7/12

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