quinta-feira, 25 de abril de 2019

CANÇÃO DA ALMA

A canção navega
nas entrelinhas da alma.
Já não afoga tempo
e o espaço expandido
sobrepõe a tempestade.
A idade, 
enamorada de luz,
traduz a beleza,
encantamento vivo.
Sorvo,
das figuras corriqueiras,
a intenção.
O caminho faz-se
de um borboletal,
extravasamento de luz.
O agradecimento chega,
entontece as vanguardas
da contemporaneidade.
Sou rio de águas claras.
O êxtase cristalino,
expandido está.
Represento 
o constante aprendizado.
Entoo meu canto,
navegando das orelhas
até entranhas escondidas
da alma inquieta,
a fórmula de aprender.
Deixo-me claramente,
na distância do centro,
o coração aberto.
Vou retamente ao destino,
e, sem rodeios, descrevo,
a importância do sentir,
em si mesmo,
a formosa imagem divinal.
Agradeço. Gratidão.


Vanize Claussen
25/04/2019

ABRAÇO

Nuances do tempo,
dissolvendo frustrações
na pureza do abraço,  palavra doce.
Rio escorrendo,
a boca úmida sorvendo,
o beijo da vida.
Momentos íntimos,
de beleza inimaginável.
Aparentemente,
nada acontece.
Internamente,
transparência.
A decência dos costumes,
um movimento insano.
Farelos de poeira,
revelando segredos.
Modelo vivo da vida inteira,
chegando agora,
acendendo a fogueira,
na figura matreira,
das flores do Jardim.
Sobrevoa a vontade,
ainda que discreta,
de permanência.
A essência enamora,
as cartas lançadas,
não fazem mais diferença.
Agora é a vida
trocando favores.
Cheguei,
Chegou, agora.


Vanize Claussen
25/04/2019

VIDA

A vida
Ávida,
A videira,
A vara.
Derramada,
Distraída,
Desolada,
Descontraída.
A vida, corredeira
Da insana vontade,
Alivia,
Avalia,
Arredia...
Instrumentos,
Apenas,
Sem lamentos,
Somos corpo.
Seguimento,
Sentimento,
Sacramento,
Na sequência,
Servos uns dos outros.
E, mais a frente,
Apenas outra dimensão.
Solidão?
Não sabemos...
Só depois.


Vanize Claussen
24/04/2019

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