Transição, passagem, esfumaçada no tempo, viagem, de não ver, para ser. O que ser afinal? Transparência, verdade, maturidade, inquieta semelhança de busca. Criação, natureza, vereda aberta de caminhadas, subidas, descidas, escaladas. Mas e o tempo? Insano desejo, voltar a viajar... não ir a lugar algum, descompensar. Mas a vida, andarilha densa de sentir, pipoca internalizada, dentro do corpo, arredio de toque, de prazer. Compensação no ato, viajar de fato, para as chapadas, diamantes, serras distantes, corações separados, juntos encantados de visão além daqui. Traiçoeira estação, trabalhar insano, ostentar dinheiro, cheiro podre, capitalismo regado de enxofre. Mas o remédio está no tempo, onde ver acontece dentro. Já sem ansiedade, que seja a criação de acordo com o Criador, sem dor, movimentação, até breve, amigo de jornada. Levanto a bandeira, carrego vitória, caminho à frente,
O eterno olhar de minha vida compactado neste espaço sutil e feliz.