Navego,
por entre as flores de maio,
esquento,
esfrio.
solto numa canção,
a visão solta da águia.
Amorno os traços,
vou enlaçando,
roendo a corda
da cordilheira.
sorrateiramente defumo,
nas líteras fornalhas:
o amor.
Amplio as limitações
mais densas
em novas sementeiras
de luz.
Vou soltando a pipa,
dando linha ao vento
da transformação.
Invento, escrevo,
reúno centelhas dispersas.
Os versos soltos
se encontram e desenham,
nas letras orvalhadas
das lágrimas brilhantes,
o toque límpido
do reflexo no espelho.
Agora,
o concerto do relógio,
no tic tac da emoção,
realça os passos
na terra molhada,
ainda que,
timidamente,
o caminhante segue.
E nas passadas líquidas
dos amores tragados,
vai selando sua frequência,
nas sólidas impermanências.
O outro lado observa,
imponente,
o grito adestrado
do rompimento.
A porta abre-se feito luz
e a sala está repleta
de silêncios mansos.
O coração bate forte,
como sino,
abrindo as fronteiras,
deixando-se ver.
Novamente o amor acordou.
Abre a Janela!
Vanize Claussen
08/12/2019
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