O lenços umedecidos,
descartavam as certezas,
antes passeavam,
num quadrante
de pura luz e paz.
Agora atiçavam,
nas corredeiras do céu,
o véu oculto da passagem.
Intacto precipício,
quando não se cuida,
quando afoita-se
num despenhadeiro marítimo
sem atenção.
Mas,
do outro lado,
num quântico espaço,
movimentam-se
seres celestiais a nos ver,
a nos proteger,
a nos guiar
pelos caminhos invisíveis.
A sabedoria,
observa trigueira,
a vontade de viver.
Mas as entrelinhas
falam do ato de morrer.
O cuidado,
na tremenda euforia de viver,
transformou-se.
Agora jaz
o espetáculo
da passagem maia,
ilusória vida,
que atrelada a instantes,
nos levam,
à todos,
ao mesmo destino.
Somos o furacão,
que permeia
pela terra,
que arremessa,
para longe,
a quântica fórmula
de viver para morrer.
Assim é para todos,
tudo passa
nessa passagem
de vida fisica.
A maior dimensão
está por vir,
ainda.
Vanize Claussen
08/11/2022