Na infinita imensidão,
transformo folhas em flores,
nesta manhã de abril.
Não descarto a finitude,
mas amanheço no experimento
das infinidades de cores
ao nascer do sol.
Observo o céu,
sinto o silêncio natural,
encontro-me nessas linhas.
Vou amaciando
o travesseiro de nuvens,
extremamente vivas e brilhantes.
O café espera,
plácido,
a vez do gole.
Meu cordão japamala
aguardando as rotineiras canções,
de mantras variados.
vou subindo a montanha,
estou amanhecendo,
dentro.
O incenso jorra,
seu cheiro doce,
dentro da casa.
As infinitudes de cada fim
transpassam meu pensamento.
Abro a janela das ideias
e vago nas variadas
dimensões quânticas.
Cada célula,
cada átomo
em constante transformação.
A memória singular
ou intensa,
existe em todo lugar,
a toda hora vagando.
Absorvo esse entrelaçamento
e desperto novamente
do sono da alma.
A humanidade se esgotou,
o colapso chegou.
Tudo está sendo proposto
pelo universo divino.
É hora de repensar
os detalhes,
as soluções,
a própria natureza
que a divina chama mostra
a cada um.
Não há como fugir
desse laço estreito,
onde,
interligados estamos
com tudo que acontece,
pois a energia perpassa
por todo universo.
Não temos como escapar
do destino intensificado
da pandemia mental,
para sermos pessoas melhores,
mais humanas.
As músicas,
os livros,
a arte falará desses tempos.
Estaremos prontos
para o que vira?
Novamente observo o céu
e vejo a claridade,
intensificada e radiante.
Vanize Claussen
17/04/2021
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