O tempo úmido,
nas discrepâncias aquáticas,
restauram a alma
do conhecimento vão.
São as folhas entumecidas
nas brancas penugens
das ondas,
que refrescam a areia
das incoerentes linhas humanas.
O barco,
precoce,
anestesiado de mar,
apenas observa,
ao longe,
a gigantesca imensidão
do céu de abril.
A água espraia
na insanidade das marés,
o tempêro místico de maia.
Os cordões,
ao vento,
perambulam,
dizendo pela terra,
que há de chegar,
um dia,
a brisa.
A casa,
presente está,
dentro do anseio elemental
de ser presente
e mover-se
aqui e agora.
O templo é a vida que,
no horizonte,
emana a força dessas águas,
tocam calmamente
as escolhas.
Os elementos vibram,
enrriquecendo,
fortificando as ondas.
Sou terra, ar, fogo, mar,
vento, folha, brisa, teia,
pássaro...
Mergulho no tempo
de simplesmente observar.
Salto!
Recupero a sanidade
de ser quem sou.
Quero vida,
quero paz.
Apenas, observo
e sigo.
Vanize Claussen
16/04/2022
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