sábado, 2 de julho de 2016

ELA/ELE

Percorrendo veias,
escritas na imaginação
de entrelinhas viscerais,
fomento de amor,
harmonização do prazer.
Tendo e não,
cariciantes percepções,
toques dilacerando, 
transparência aos pés.
O chinelo verde-folha,
consoando com o chá
de passageiras lembranças,
futuramente aqui.
Piso preto e branco,
carmim à boca,
delineante em versos,
úmidos.
A mulher,
andarilha louca,
presença,
entre árvores,
dentro de cristais,
sobre a água,
correndo ao vento,
anestesiada de prazer,
divinamente,
encantamento,
presença.
Útero de luz,
translúcida imagem
onde homem,
amor divinal,
saboreia-lhe,
apenas corpo-imagem.
E, 
no detalhamento enigmático,
de sua profundidade-alma,
túneis mentais,
corporais,
intelectuais, etc.
Passa-lhe,
apenas,
num raridade insana,
penas,
por fora,
casca.
No futuro,
talvez,
os versos mostrem,
exalem,
sua insanidade de procura.
Ela,
contínua,
continua descortinando,
imagens,
fotografias,
palavras,
poesia.
Ele,
paralisou no tempo.

Vanize Claussen
20/03/2016




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