terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESQUECIMENTO, TALVEZ

Quisera acreditar
nas mais lindas intenções,
mas o tempo mostra a verdade,
de limitações de tua alma,
que não sabe cantar a pedra,
ir a frente ou voltar.
Ah! Quisera acreditar
nas doces palavras ditas,
talvez benditas, não sei,
cantadas em meu ouvido!
Palavras apenas mornas,
levadas ao vento,
pelo esquecimento...
Que fascínio de voz,
cantante de amor,
nebulosa na farsa
da própria vida vendida.
Ah! Como seria bom
acreditar no que senti
dentro de ti!
Mas a falta de atitude,
a falta de certeza,
a falta de clareza,
mostram bem 
seu ser carnal,
se defendendo de algo,
que simplesmente criou...
O laço do amor
pode durar para sempre,
mas a espera bendita,
já não está mais feliz,
a cicatriz se fez.
Quisera muito querer-te,
até o fim esperar,
mas a vida é breve chuva,
não podemos afogar
em naus já naufragadas.
Sinto sede de estar...
mas não posso mais esperar.
Me perdoe, sinto muito,
te quero mais que tudo,
mas vou saindo do caminho
que não é caminho algum.
Bem seletiva,
vou caminhando.
Não sou têmpora,
nem telha furada,
nasci para ser bem amada,
ser feliz e integrada
na vida de quem me for
contente com meu amor.

Vanize Claussen 

20\02014

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