quinta-feira, 3 de setembro de 2015

TRAMELAS ABERTAS

 O anseio transformou-se,
brisa gelada...
até os abacates
observam,
verdrificados,
estonteantes de sabor.
O toque leve,
mão intensas,
derrubaram a certeza,
não mais, 
jamais vista.
As consoantes,
constantes,
discretas,
arrepiando o cangote,
das entranhas amaciadas,
de verão.
Tramelas abertas,
fechadas de paixão,
enlutadas 
do breve amor.
Passageira,
vida inquieta,
renovando os cantares,
dissolvendo retaliações,
restaurando,
coração gelado,
fogo.
Ardendo em si,
tropegando vento,
fulgurando espada,
luta insana,
profana,
escada,
subida,
aprendizado.
Ah! Matreiro olhar,
traz de volta,
aconchego,
crepitando,
dentro,
passeando aqui,
experimento,
humanidade,
contato,
corpo & alma.
Pacifica-me,
retrata-me,
de amor,
de amar,
rosa.

Vanize Claussen
03/09/2015



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TUDO PERFEITO

A brisa exala,
discreto perfume,
rosas.
São sementes
caídas da chuva,
a prata,
densa certeza,
de continuar,
viver.
Os copos,
leite,
dois corpos,
sentados,
frente a frente,
olhar.
Cortina aberta,
claridade,
verdade explícita,
desejo,
voar.
A paisagem,
mar,
ondas quebrando,
na areia caracol,
conchas e revoada,
gaivotas.
O brilho intenso,
poente,
alaranjado,
gigante.
Tudo perfeito,
relaxamento,
paz.

Vanize Claussen
2/09/2015


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTENÇÃO

Aquece-me,
transborda em mim,
essência.
Satisfaz-me,
de sabor,
calor de vida.
Contenta-me,
de verdades,
saudade.
Envolve-me,
com teu corpo,
tua luz.
Solta-me,
inteiramente,
leveza.
Encanta-me,
de liberdade,
delicadezas.
Retrata-me,
na tua fotografia,
encanto.
Soletra-me,
nas incertezas,
iluminação.
Exala-me,
de olhares,
intensidade.
Vagueia-me,
de luar,
viagem.
Transborda-me,
na fortaleza,
caminhada.
Agarra-me,
de estrada,
intenção...
      ação...
  doação...
        ção...
          ão...

Vanize Claussen
31/08/2015





domingo, 30 de agosto de 2015

DESFILANDO

 No trôpego pulsar,
a esquina desafoga,
mágoas,
além...
Não desatina ainda,
perdão,
ressurreição.
A fervura,
ainda quente,
aquece vontade,
apenas ir.
Nas tramelas 
da porteira,
abrindo canção,
pegadas.
As estradas,
abertas;
o coração,
arredio.
O frio interno,
passando,
fugindo,
nas linhas costuradas,
internas da pele,
macerada,
castigada.
Agora,
abrir o olhar,
novamente,
à frente ir,
sem fugir,
apenas passar
desfilando por aqui.

Vanize Claussen
30/08/2015



SAUDADE

O assovio interior,
no ouvido,
desata os nós,
desfaz os impedimentos,
realiza a certeza.
O tempo brilhante do sol,
adentra dia,
vagueando notório
de muitas alegrias.
Apesar da cabeça,
ainda pesada,
vai saindo sorrateira,
a semente,
latente em seu útero.
São pensamentos,
movimentos de cores,
além da imaginação,
que aquecem alma,
esquecem lamento,
soltam-se no momento,
aqui.
Nessas linhas escritas
de arroxeado amarelado,
vai saindo tempestade,
vai idade,
vai tudo,
fica apenas criança,
lembrança da infância,
 na memória presente.
Saudade.

Vanize Claussen
30/08/2015




VIAGEM

A interna sedução,
despenteia a vida, 
revigora a alma,
desalenta tempo,
entontece de formas,
essência.
E o caminhante vai,
descarrilhando a certeza,
estar em um qualquer lugar:
no vagão de algum trem,
ou na imensidão do barco,
ao mar.
Sua rima se perdeu,
pelas pegadas sobre o tempo,
se esvaiu em velocidade,
com a idade.
O viajante caminha,
corre sobre nevoeiros,
passarei-a sob o capim,
dissolve o fundo do mar,
mergulha.
Na penumbra,
olhos mágicos,
visão de fogo,
luz incandescente,
mente abre.
A fuga instantânea,
ilimitada certeza,
corrida infinita,
nas águas da vida.
Espera!
Lá vem o trem!
Salta o andarilho
de dentro das águas,
olha ao redor,
percebe a luz.
ILUMINAÇÃO.

Vanize Claussen
30/08/2015


SOLFEJO

Troco-me,
desato os nós,
os cabelos.
Absorvo brisa,
despenteio-me,
 inteira,
alegria.
Elevo-me,
descrevo-me, 
observo as águas
lavando minha alma.
Já não aqueço,
esfrio,
acalorando,
apenas dentro.
Os folguedos,
embora discretos,
acontecem,
nesta alma andarilha
de visões.
Solfejo,
abro a comporta,
grito e cartase-o,
aquele sentimento
chamado amor.
Amo e declino-me,
infinitas elucubrações,
quase à comporta,
existir...
Soterro a lua,
divagações sutis,
abro a claridade,
já é dia,
ACORDA! 

Vanize Claussen
30/08/2015

Postagem em destaque

O CAMINHANTE