quarta-feira, 6 de junho de 2018

PARTIDA

A vida,
muito simples,
continua a frente.
Dissolvo 
os ferrões inquietos
da minha frente.
Pérolas de palavras
jogadas ao vento.
Apenas,
mágoa,
sem solução.
Deixa lá,
não vou entrar,
nessa casa absurda.
O contínuo fluxo,
ainda vermelho,
orienta o vôo.
Abro as asas,
vou subindo,
 devagar.
Observo 
as nuances,
nuvens coloridas,
brisa leve no rosto.
Decisão chegando,
está na hora.
Já não posso mais,
jogo a rede
desejando pescar,
nas entranhas 
da minh'alma
a calma 
do sono sonhado.
Replico,
repico,
reproduzo
e não quero.
Palavras soltas,
solidão,
plantação apenas dentro.
O jardim está florido,
colorido,
mas não há quem o veja,
a terra o engolirá
e as raízes 
precisam desaparecer.
O entorno 
precisa escoar
das lágrimas
que a alma despeja.
A solução se foi,
agora tenho apenas
a partida.

Vanize Claussen
06/06/2018



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