O vento toca,
latejante espalha
na plantação de idéias
a doçura do beijo,
inquieto desejo
de afogar nas longas
e formosas nuvens,
a palidez do abraço.
São pequenas orquídeas
soltas,
pela tábua corrida.
E a luz
invadindo,
vai derramando perfume,
trocando uniforme,
tocando,
de leve,
o tecido que flameja,
voa sem sentido
pelo tempo mágico,
aguardando,
apenas,
os pés no gramado.
Uma sinfonia discreta,
vai cortando,
semeando,
dissonante,
a pragmática novela
incandescente.
Manuseando a pele,
já rota de vida,
nota-se a estrela,
mocidade enérgica,
que vai soltando
os balões coloridos,
numa paisagem natural.
A experimentação
dos sabores
é apenas ínicio
da grande jornada.
Agora é tempo
do caminho azul,
onde sobrevoam fendas
para o canto final,
o anoitecer.
Vanize Claussen
23/06/2018
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