O corpo morto,
fundido no tempo,
dissecado
nas áureas sensações
de experimento.
Jaz,
fertilizado,
usado
saborosamente
nos inquietos rumores,
discretos anseios
do formigamento
das emoções famintas
de carrancudo medo
da felicidade.
Soterra,
dentro,
as vazias sentinelas,
todas elas
facetas inaproveitáveis,
improváveis azuladas,
suas cascas.
E nas rodas,
rotas,
passadas no toco,
caminhos sem fim,
o humano perdido,
reprovadamente,
sorrateiro,
comento seu próprio
prazer escondido:
a fome.
Sorvendo,
aglutinando saliva,
vai roendo
sua própria barriga.
Ah! Pensamento!
Que tempo turvo,
e primitivo humano
estou vendo.
Limpa-me,
saúda-me,
traz paz
que na infância
tinha muito mais.
Que o Criador
da criação
olhe por cada um de nós,
hoje e sempre.
Vanize Claussen
29/05/2018
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