terça-feira, 13 de outubro de 2015

IMPERMANÊNCIA

Os átrios abertos,
na solicitude de ir,
sem destino,
nalgum lugar,
além daqui...
Encantos
entremeados,
de natureza,
singeleza de coração.
solfejos discretos,
de alma.
Energia de cores,
insubstituíveis,
de velocidades,
intangíveis
neste plano,
aqui.
Mas, 
dentro,
percepção,
verdade,
harmonia,
alegria,
de estar presente,
sem mutações,
ainda.
O tempo,
enriquecendo,
somando 
pensamentos,
soltando 
argumentos,
naturais,
natureza de ser.
E no abraço,
do contato,
de toques discretos,
solicitude de alma,
certeza da calma,
em estar a caminho
de algum lugar,
bonito.
Fotografias,
de tempos,
de folhas,
de solturas,
apenas captar,
imagens,
impermanência,
continuidade,
certeza de ir,
um dia,
para casa.
E na ruptura,
certeza de presença,
ainda viva,
de imagem,
de lembrança,
de volta,
de ida
a algum lugar:
tão perto e distante,
tão pesado e leve,
tão tudo e nada!
Discreto som,
emanação,
vibração,
almificação,
ebulição,
tormenta alegre,
estar e não estar.
Seguir o fluxo,
o destino,
as águas,
ir,
na simplicidade,
ir,
na velocidade,
ficar,
natureza.
Idéias loucas,
poucas,
muitas,
orientando voar,
presença.

Vanize Claussen
13/10/2015








domingo, 11 de outubro de 2015

ESPIRITUAL


Suavidades,
levezas,
amplitude,
realização,
certezas,
claridade,
harmonia,
integração.
Voar,
subir,
renascer...
Entendimento,
alma,
limpa,
amor.

Vanize Claussen
11/10/2015





segunda-feira, 5 de outubro de 2015

SALIVA LOUCA


Nas iluminâncias da vida,
derivo o toque do verso,
nas entranhas da folha,
que aquece as palavras,
dissolvendo do ar infame,
dos versos,
 outrora doídos,
inseguros e doentes 
de amor,
de amar inconsistente,
aquele beijo demorado,
alado,
que saltou escorregadio
dentro de minha boca.
Daquela saliva louca,
paixão de línguas quentes,
a se beijar ardentemente,
ali,
naquele ermo da rua vazia.
Fulgurou-se naquele instante,
tremenda letargia,
tremendo experimento
a crepitar dentro,
espaço de cabeças,
em cima, embaixo...
Mente fervilhando,
em miúdo ralando,
tomando,
acontecendo...
Nada jamais sonhado,
preparado,
porém um verbo de dor,
num clamor do passado,
fugir dali.
No presente,
estar sedenta, sedento
da água de dentro,
alma.
Na passagem,
apenas,
sumir arrediando-se,
soltanto atrás
os versos prometidos,
não resolvidos,
dissolvência de tua voz.
Ah! Passagem!
Truciante desejo
de não poder mais ficar!
Ah! O amor de línguas quentes!
Na vertente esguia,
apenas ficar.
Tempo que foi,
tempo que vem e vai,
mas a luminosidade,
volta em segundos
ao espaço de nós dois.
Breve destino de almas afins!

Vanize Claussen
05/10/2015




DIZERES








domingo, 27 de setembro de 2015

DESPOSSUÍDOS

Os despossuídos de luz
buscam em meros atos,
o nada.
A imagem se cria...
O poeta
acende a luz,
traz imagem de gratidão,
que força os Despossuídos,
a verem,
na magia das palavras
estreitos laços de fitas
enfeitando aquele tom,
iluminando o rosto mosto
daquela mulher menina
que entoou amigos
na cachaça discreta
da vida e no tom,
autêntico vinho,
da luta pela vontade de viver,
e pela mãe natureza.
A força é tudo isso,
a raiz que brota,
invade atentando,
barulhos discretos,
latidos,
cidade,
noite,
 sons diversos,
alaridos.
Somos esse verso,
essa palavra,
esse absurdo aos olhos 
dos despossuídos.
Só risos e lágrimas,
vertidos aos que
não alcançam
o trem das flores musicais.

Vanize Claussen
24/09/2015


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

LIÇÕES/ TALVEZ

Burburinho, 

Total espaço, 
Conversa, 
Fora? 
Lições de vida, 
Talvez, 
Concerto, 
Conserto, 
De histórias, 
Músicas, 
Vida. 
Bendita espera, 
Fraterna 
Do amor, 
Ainda não. 
Breve espanto, 
Presença, 
Acontecimento, 
Unicamente, 
Diferente, 
Total. 
Ouvi, 
Racha ,
Despacha, 
A pipa, 
Solta, 
Boa,.
Então, 
Concentração, 
Hibernação, 
No bar,
Cantante, 
Vozes. 
A porta aberta, 
Espera, 
Que não cessa,
Caminho, 
Caminha, 
A Cuba molha, 
Olha, 
Estrada aberta, 
Deserta, 
Carros. 
Você chegando 
Aqui.


Vanize Claussen 

11/9/2015

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

APENAS ROSA

Nos escabelos do linho,
vinho,
entoação de alegria,
folia de cor.
Nas promessas descabidas
de teu amor,
apenas passarinho
em revoada.
Indo adiante, vou
cantante todos os dias,
e a vida abrindo
soltando o rolo
distraindo, musicando,
cantarolando a dança
desse caminho, sem volta.
Desentupi o coração,
desarrolhei as portas,
escancarei as janelas
 abri tudo,
parti.
Agora,
enlaçar-me-ei,
apenas, brisa.
Estarei, apenas, vento.
O tormento revoou,
o encanto da vida voltou.
Novamente vejo a cor
de meus olhos,
porque a dor,
apenas rosa
que me plantou.
Exalo sorrisos, levezas,
solturas e amor.
Sou apenas uma flor.

Vanize Claussen
8/9/2015

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O CAMINHANTE