sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DESUMANIDADE/ OBSERVAÇÕES

O nosso tempo está ficando cada vez mais difícil. A crise mundial que está sobre a humanidade se chama desumanidade,  se chama falta de solidariedade,  se chama impunidade. Cai sobre os humanos a degeneração e desgraça da própria raça aliada à ignorância da atualidade. 

Inventou-se as caixas de fósforo para moradias,  mas tem gente que dorme no chão batido de terra,  temos hoje a tecnologia e muitos ainda não tem acesso. 

A frieza das bolsas de valores mundiais invadem as casas sorrateiramente,  dissolvendo de muitos a esperança. 

O ser humano trafica e é  traficado atualmente.  Milhares de pessoas somem e não sabemos se foram sequestradas,  traficadas ou mortas por motivos que se vão de dívida até mesmo por não serem o esperado para uma compra. 
No passado a humanidade escravizava,  hoje é escrava de uma sociedade financeira. 
Nasci num ano de revolução e vejo que a revolução silenciosa se instala gradativamente para a hecatombe mundial. 
A humanidade e seus mandantes silenciosos vão corroendo o humano de cada um,  vai se perdendo a essência do amor. 
Se dinheiro fosse Amor, o planeta dos humanos seria mais bonito,  mais próximo do que é humanidade. 
Onde vamos chegar raça humana? 
Em que caminho seguir? 
As instituições financeiras mundiais invadem de tal forma nossas residências que fico imaginando por que inventou-se o tal dinheiro,  se hoje ele é uma farsa de organizações governamentais que,  em sua maioria, não estão querendo o bem humano,  mas a matança discreta através de medicamentos,  de alimentos modificados,  entre outros. 
Onde vamos parar com essa falta de respeito de humano para humano? 
A crise se instalou pela investida gananciosa de muito que entram para governar e acham que governar é pra si mesmo. 
Os líderes existem para uma organização melhor do estado,  mas se não sabem organizar,  acontecendo assim a total inconsistência do seu papel diante de um povo. 
Será que ainda teremos condições de acordar? 
A natureza é degradada dia a dia,  sorrateiramente por empresas que visam o lucro direto. 
Somos todos manipulados e manipuladores de um planeta que observa,  que vai sentindo e sofrendo. 
A raça humana escrava de seu dinheiro, sua tecnologia, em sua maioria, deixa seus talentos e sonhos embutidos em uma gaveta trancafiada dentro de sua vida. 
O dinheiro , a tecnologia  tem tomado conta dos sonhos,  pequenos,  grandes  de uma civilização que poderia ser saudável. 
O tempo voa e a humanidade continua dormindo.  
Com licença,  tenho que sair para trabalhar.  Até breve.  O sonho está na gaveta agora.


Vanize Claussen 

4/9/2015



Imagem retirada de postagem no facebook na página "Com acúçar, Com afeto"

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

TRAMELAS ABERTAS

 O anseio transformou-se,
brisa gelada...
até os abacates
observam,
verdrificados,
estonteantes de sabor.
O toque leve,
mão intensas,
derrubaram a certeza,
não mais, 
jamais vista.
As consoantes,
constantes,
discretas,
arrepiando o cangote,
das entranhas amaciadas,
de verão.
Tramelas abertas,
fechadas de paixão,
enlutadas 
do breve amor.
Passageira,
vida inquieta,
renovando os cantares,
dissolvendo retaliações,
restaurando,
coração gelado,
fogo.
Ardendo em si,
tropegando vento,
fulgurando espada,
luta insana,
profana,
escada,
subida,
aprendizado.
Ah! Matreiro olhar,
traz de volta,
aconchego,
crepitando,
dentro,
passeando aqui,
experimento,
humanidade,
contato,
corpo & alma.
Pacifica-me,
retrata-me,
de amor,
de amar,
rosa.

Vanize Claussen
03/09/2015



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TUDO PERFEITO

A brisa exala,
discreto perfume,
rosas.
São sementes
caídas da chuva,
a prata,
densa certeza,
de continuar,
viver.
Os copos,
leite,
dois corpos,
sentados,
frente a frente,
olhar.
Cortina aberta,
claridade,
verdade explícita,
desejo,
voar.
A paisagem,
mar,
ondas quebrando,
na areia caracol,
conchas e revoada,
gaivotas.
O brilho intenso,
poente,
alaranjado,
gigante.
Tudo perfeito,
relaxamento,
paz.

Vanize Claussen
2/09/2015


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTENÇÃO

Aquece-me,
transborda em mim,
essência.
Satisfaz-me,
de sabor,
calor de vida.
Contenta-me,
de verdades,
saudade.
Envolve-me,
com teu corpo,
tua luz.
Solta-me,
inteiramente,
leveza.
Encanta-me,
de liberdade,
delicadezas.
Retrata-me,
na tua fotografia,
encanto.
Soletra-me,
nas incertezas,
iluminação.
Exala-me,
de olhares,
intensidade.
Vagueia-me,
de luar,
viagem.
Transborda-me,
na fortaleza,
caminhada.
Agarra-me,
de estrada,
intenção...
      ação...
  doação...
        ção...
          ão...

Vanize Claussen
31/08/2015





domingo, 30 de agosto de 2015

DESFILANDO

 No trôpego pulsar,
a esquina desafoga,
mágoas,
além...
Não desatina ainda,
perdão,
ressurreição.
A fervura,
ainda quente,
aquece vontade,
apenas ir.
Nas tramelas 
da porteira,
abrindo canção,
pegadas.
As estradas,
abertas;
o coração,
arredio.
O frio interno,
passando,
fugindo,
nas linhas costuradas,
internas da pele,
macerada,
castigada.
Agora,
abrir o olhar,
novamente,
à frente ir,
sem fugir,
apenas passar
desfilando por aqui.

Vanize Claussen
30/08/2015



SAUDADE

O assovio interior,
no ouvido,
desata os nós,
desfaz os impedimentos,
realiza a certeza.
O tempo brilhante do sol,
adentra dia,
vagueando notório
de muitas alegrias.
Apesar da cabeça,
ainda pesada,
vai saindo sorrateira,
a semente,
latente em seu útero.
São pensamentos,
movimentos de cores,
além da imaginação,
que aquecem alma,
esquecem lamento,
soltam-se no momento,
aqui.
Nessas linhas escritas
de arroxeado amarelado,
vai saindo tempestade,
vai idade,
vai tudo,
fica apenas criança,
lembrança da infância,
 na memória presente.
Saudade.

Vanize Claussen
30/08/2015




VIAGEM

A interna sedução,
despenteia a vida, 
revigora a alma,
desalenta tempo,
entontece de formas,
essência.
E o caminhante vai,
descarrilhando a certeza,
estar em um qualquer lugar:
no vagão de algum trem,
ou na imensidão do barco,
ao mar.
Sua rima se perdeu,
pelas pegadas sobre o tempo,
se esvaiu em velocidade,
com a idade.
O viajante caminha,
corre sobre nevoeiros,
passarei-a sob o capim,
dissolve o fundo do mar,
mergulha.
Na penumbra,
olhos mágicos,
visão de fogo,
luz incandescente,
mente abre.
A fuga instantânea,
ilimitada certeza,
corrida infinita,
nas águas da vida.
Espera!
Lá vem o trem!
Salta o andarilho
de dentro das águas,
olha ao redor,
percebe a luz.
ILUMINAÇÃO.

Vanize Claussen
30/08/2015


Postagem em destaque

O CAMINHANTE