sexta-feira, 19 de abril de 2013

ABRAÇO DE ALMA


Sorrateiramente me entrego às palavras
que jaz estarão comigo até o final,
e quando não mas copular as entranhas.
E mesmo que estranhamente me sinta,
estarei escrevendo almas ao véu do amor e de amar.
Apenas, por um instante, estarei a olhar
descrevendo cada pedaço de céu que de mim ecoa,
e sem nem ao menos dizer o que vejo,
entregarei a essência do que digo àquele que quer ouvir.
Tempo de experimento de almificação de luz,
onde nada reluz mais que a sobremesa etérea
das cores vivas dos mundos sutis!
Apenas terei o tempo real de estar
espiritualmente ao teu lado, sem me negares ao mundo.
Quantidade de sofrimento deixado para traz,
onde nem as mais faceiras viagens terrenas
poderiam derramar nosso amor em um poço escuro,
porque o nosso tempo de cantar é agora
e estaremos juntos mais cedo ou mais tarde,
para delongar as necessárias experiências
a que viemos resgatar impreterivelmente.
Não digo ainda onde e porque vim,
mas estarei contigo assim que me mostrares
a maturidade para o amor e para amar.
Entrego-vos estas linhas na certeza
que ouvirá a voz do coração
e certamente seguirá o rumo certo.
A você o carinho e abraço
do aconchego da minha alma
na busca incessante da tua.

Vanize Claussen 19/04/2013


quarta-feira, 17 de abril de 2013

MEU AMOR

O coração macerado em linhas tênues

de vontade de não ter mais vontade...
o amor esvaindo novamente,
sendo dissolvido pelo “nunca acontecer” em palavras
do agora que não se pode ou não se quer...
É o tempo do acalanto que n’alma reina e não chega.
Mínima esperança de um relacionar-se
com naturalidade, sem bloqueios.
Sinto-me atingida, por dentro revirada,
sem poder amar e soltar o amor que se instalou.
Quero me proteger de futuras inexatidões de tua alma,
de surpresas que não chegam, nem por palavras.
Queria apenas sentir segurança e calma
no aconchego de teus braços, mas não posso, 
não devo continuar com um amor infirmado, 
um amor sem chão, sem razão pra amar.
Quero a claridade e o vento a me tocar por dentro,
sem lamentar ter te conhecido no mais profundo,
porque na vida estamos em movimento,
aprendendo a aprender com o tempo.
Presenteados somos por Deus de momentos
tão perfeitos de estar! Ah! Como quero ficar!
Mas tenho pressa de ir, continuar a jornada,
Pois o tempo não para e sou levada a algum lugar, onde, a alma
experimenta o fascínio da cor e do amor sem doer no íntimo.
Só isso MEU AMOR, só isso me fará feliz, realizada, inteira,
em paz com a minha verdade que não tem idade,
mas canta a liberdade de poder andar de mãos dadas,
caminhar na calçada ao lado de quem se ama,
sem receios nem mentiras, sem ficar as escondidas...
Tempo de espera que me faz apenas cantar!
Quero um homem corajoso e amigo de verdade,
e não importa a idade nem suas vergonhas passadas ou futuras,
mas a claridade de um amor verdadeiro, que canta e brilha
com passagem de cores muitas flores exalando perfumes variados.
Tulipas sagradas me esperam e rodeiam minha vida,
e a seleção natural do encanto de alma pra alma nasceu entre nós.
Espero que o tempo errado seja certo e o certo não se perca,
pra que se faça do aprendiz a certeza do aprender.
Assim te quero muito, mas sem doer.
Vanize Claussen


sábado, 2 de fevereiro de 2013

PASSAGEM


Tudo passando
Instantaneamente,
Perto de tudo.
Minha força se aquieta
Como sublimação,
Não consigo,
Mas exalo
Vontade de
Experimentar
e voar daqui
em outro lugar,
dissolver esta verdade
num movimentar
em outro foco,
outra fase,
ser feliz
e viver o sonho
de aprendiz do ser. 

Vanize Claussen 
18/05/2012



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

PULSAR


O estado de entrega

não funciona,

é preciso uma conotação de imagem,

uma fórmula secreta,

que chame, abrace

e transcorra em meu ventre-alma,

e faça-me sentir

MULHER DE ESTRELAS

e toque-me dentro,

em minha fonte-alma de luz.

Quero ser brisa,

deixar-me tocar

na ardência do coração,

que ama e ama.

Ah! Sentido de êxtase!

Ah! Doce selvagem-mulher em mim!

Balança-me de cores,

nas flores do jardim,

faz-me soltar o pé do lugar

prá viajar além daqui

e ir na busca de encontrar,

além do véu, além mar,

achar vaidades simplificadas,

 além das planícies, planaltos.

Forjar a busca incessante

Que a alma não deixa parar.

Ah! ALMA VIAJANTE DE LUZ

que existe em mim,

embala-me em teu pulsar!


Vanize Claussen

 06/11/2012

PALAVRAS



Leve,

Pesado,

Discreto,

Decente,

Indecente,

Total,

Final,

Início,

Completo,

Complemento,

Descendo,

Subindo,

Riscando,

Surtando,

Voltando,

Sublimando,

Ecoando,

Dentro,

Fora,

somente,

agora:

palavras.  


Vanize Claussen 

18/05/2012

PENSAMENTO


PENSAMENTO

Quero alçar voo
da imaginação,
onde não existem segredos,
onde formas
são apenas imagens.
E ali,
neste ponto,
onde paisagem
confunde-se
com sentimento,
quero confortar
e relaxar...
lugar sem medo,
sem roubo,
sem constrangimento,
lugar de querer ficar
o pensamento.


21/07/2012
Vanize Claussen

PERCEPÇÃO



Que eu encontre em você,
mesmo na distância,
na epiderme de alma,
as linhas deste poema.
E quando me fala em ‘calma’
que seja arrebatador o pulsar do gozo,
que anestesia meu corpo.
Que seja leve o sopro
no sonho da vida,
mas que intenso fique
em nossa percepção.

Vanize Claussen

OLHAR DO SILÊNCIO


Neste olhar lacrimoso de esperança,
Brota a flor calma de gotas
Envolvendo o pensamento:
Produz o som do silêncio (macio),
Que cai sobre a terra
Lavando a poeira.
Acima,
Dentre ramos do azul-céu,
Brancos carneirinhos vêm em busca do amor
Querendo descobrir a forma da dor.
A relva, quase sem brilho,
Tornou-se nítida de luz.
Esta noite os grilos
Rimam canções coloridas,
Os cavalos adormecem com a terra,
As corujas olham
Compassadamente as o tempo,
Os pássaros da noite sobrevoam o céu;
Todos os animais têm aspecto exterior.
E eu aqui,
A chorar com a chuva
Que me leva profundamente
Nas suas águas de verão.
Deito-me abaixo dela,
Deixo-a bater em mim
Com seu jeito calmo de soltar
Suas pétalas d’água.
Adormeço com o sonho
Que leva-me novamente
A ver esta cortina transparente.
Sob um grito acordo meu pensar...
Mas, que desta chuva
Nunca me esquecerei,
Pois floresce de repente
No coração da gente

Vanize Claussen
( dedicada aos dias em que teu olhar derrama o suor do tempo)

ACONCHEGO



Sou romântica e discreta
E só me abro como flor
A quem se abrir para mim.
Creio na eternidade
E me suporto sem enganos,
Pois a vida se compreende
Sempre que houver amor.
No aconchego do seu carinho
Encontro-me com cheiro de rosa
(perfumada com teu amor).
Observo o teu corpo,
Mas quero tudo em você.
A matéria é o mínimo
Que podemos obter um do outro.
Para além existe a alma
Que dá sentido a tudo.
E sentir o tudo é maravilhoso!
Compreendemos assim
Que somos tão pequenos
Diante de um universo infinito
De um Deus onipotente.
Somos força que nunca pode
Parar de vibrar,
Pois o sentimento
Torna toda vida bela.
Somos uma janela
Aberta ao mundo.

Vanize Claussen

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vídeo sobre o livro ETERNO OLHAR





AMOR




Pétalas de rosas vermelhas,
muitas...
óleos aromatizantes,
velas aromatizadas,
um vinho tinto seco e
duas taças lindas...refletindo as luzes cálidas das velas
e um tom amarelado refletindo as paredes
onde as sombras estão balançando e iluminando o quarto.
Ah! Esse amor que não chega!

Vanize Claussen

O BALLET DA ESPERA



Dançando conforme a música
vou esticando minha alma
de horizonte de espera,
inicialmente, capricho,
depois certeza
de não haver nada igual
ao cantante ser dançante em mim.
É o ballet do amor
que estala, crepita, foguenta
minha vontade de ser amada,
como criança acariciada
e de beijos acalentada.
Oh, doce fortuita vontade
de estar apaixonada de brisa!
De fulgurar as entranhas da cor,
onde sopra os anseios mais puros
e se alimenta o movimento de luz!
Oh, doce ballet da espera!

02/09/2012
Vanize Claussen

MINHA TIA-AVÓ


Seus cabelos brancos
refletem experiência,
sinônimo de vida,
onde a esperança,
brilha grandiosa
em seus olhos negros
de criança em alma.
Ah! Tempo sem perdão
que nos incomoda
com o passar da idade!
Uma verdade
iluminando os passos,
mas em seu corpo,
dissolve tranquilo,
 imagem de luz.
Espaço-tempo
de imagens do corpo,
do novo ao velho,
mas carregando em si
a madureza do amor
e a certeza da realização
na sabedoria enraizada,
como árvore frondosa
e antiga na idade.
Ah! Esses cabelos brancos!
Quanta sapiência do amor!

Vanize Claussen

5-11e12/10/2012


Dedicada a minha Tia Bega

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