Me toco
de não tocá-lo,
por saber da insanidade
de cada um
ser diferente.
Está latente
a lição,
a construção
individual,
respeito lateral.
A vivência,
intensiva,
mortifica,
paralisa,
mas apruma alma.
Me toco
para não mal ver,
por saber da positividade
de cada um
ser o que é,
em construção.
Intensifico,
restauro,
ajeito as velas
para ir além mar.
Vou devagar,
mas acometo
dos erros que já tive,
a grande tarefa,
melhorar muito mais.
Olho o horizonte,
vejo as borbulhantes
águas brilhantes
que me esperam
mais além.
A luz incendeia
minha essência
macerada,
traz-me paz.
Sigo adiante.
Os olhos captam
apenas as formas,
as cores,
os movimentos.
E depois,
da passagem brusca,
dos anéis desfeitos,
da roupa rota lavada,
só restam costuras
dos pedaços soltos.
Então,
vejo-me descoberta,
desnuda,
atenta de emoções,
fortalecendo,
retirando cascas,
entoando paz.
Assim sigo,
com semblante cálido,
desviando
do que não soma.
Assim sigo o vento.
Levo-me inteira
para novas emoções,
onde a arte,
amiga íntima,
envolve-me de luz,
transita corações.
Gratidão a tudo
e ao Criador de tudo.
Vanize Claussen
10/08/2018