Não me derrame,
não me encolha,
apenas apreenda-me
de papoulas vermelhas
nas elucidações
inquietas de amar.
Aceita-me
feroz ou maracujá,
mas não deixe-me
de cócoras
a olhar entre as pernas.
Não precipite,
mas chega perto
exalando
pelas entranhas
da alma,
a vibração quente
do sorriso voador.
Dá-me tua mão,
vamos cantar!
Vamos caminhar
na praça,
adentrar pelo lado,
volitando
como passarinhos
que tocam a água,
de leve,
com o bico.
Enebria-me,
dizendo que:
chegou a hora.
Mas não perca-me
novamente,
porque minha aquarela,
já ficou rota,
amassada demais.
Agora preciso de paz.
Olha-me dentro,
diz-me fora,
pinta-me de brisa,
incendeia-me toda
desse amor lúdico,
nessa vibração direta,
onde o êxtase está
dentro do olhar natural.
Faz-me ser apenas eu,
e nas entrelinhas,
ama-me como sou.
Assim te quero,
assim me quero,
vida viva.
Vanize Claussen
06/05/2018
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