quarta-feira, 11 de março de 2015

ADIANTE

No vagar da inspiração,
vejo-me arredia a iludir-me 
com promessas.
Sinto na densidade
da alma,
a inescrupulosa ação
do homem.
Meus pés apenas pedem
para caminhar adiante,
já que o telefone não toca.
Agora acabou o tempo.
Esperar é muito maduro,
mas a força de ir adiante
vai além desse amor
que esquece de acontecer,
para mim.
Os liames são sutis,
mas não existe mais tempo.
Hoje oportunizo,
 realizo-me de sabores,
os que construí
desde o nascimento.
Agora,
elevo meu pensamento,
vou caminhando à frente.
E, se, olhares para mim,
lembre-se do tempo,
da espera,
das sensações inexatas
de promessas desconectadas
a que me fez.
Se olhares para mim,
dissolve em ti o que ficou,
que dissolverei em mim
o que restou do nada
deste estado de relacionamento.
Palavras bandidas,
perdidas no vento,
retiradas,' por Deus',
da mente!
Sorrateiramente,
me despeço 
das linhas escritas,
de tua alma que amo.
Vou segurando na mão de Deus,
indo adiante.
Já não quero tua covardia,
quero apenas a felicidade,
a vontade de construir
e seguir os compassos 
do restante deste tempo, aqui.

Vanize Claussen
11/03/2015

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