quinta-feira, 11 de outubro de 2018
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
A PRATELEIRA
Momentaneamente
observo...
percebo nas inscrições,
sadias fontes de essência.
Cada olhar,
uma alma.
Cada vagão,
uma multidão apertada.
As estreitas passadas,
rotas,
rumo a labuta,
vão enrubescendo,
entortando os sabores
da alma livre.
Mas,
na razão do amor,
uma conexão
de labores interiores.
Os pedaços,
as mãos,
a cabeça,
o aconchego do filho,
que no encharque
da vida,
incendeia o coração de paz.
O esfuminho,
ainda que esticando a cor,
vai trazendo novidades,
vai mostrando tonalidades,
onde o encontro,
navegante inquieto,
emociona os corações.
A criação arremetendo,
na luz dos estilhaços,
o afeto encontrado.
Na divagação,
ainda inconstante,
o nevoeiro vai saindo
e a centelha divina,
antes perdida,
se torna plena
como um cristal.
Na prateleira,
apenas sorrisos
e gratidão.
Vanize Claussen
20/09/2018
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
PASSAGEIROS
As cores,
inebriadas solturas,
de luz incandescente,
realinham,
no mar de idéias,
o caminho veloz.
Vermelhando
na estação
do tempo,
imagino estrelas
num brilhante cristal,
dissolvendo e clareando.
Os passageiros azuis,
iluminados de etéreas
verdades,
vão soltando
os tijolos imaginários.
No movimento,
as canções amareladas,
deslizam
notas musicais,
na altura
dos ouvidos infantis.
E dentro do túnel,
branco de neve,
vou levantando vento.
E as folhas alaranjadas,
remoídas num redomoinho,
vão espalhando paz.
O outono,
esverdeando saliências,
transmite seu jeito
primaveril incandescente.
A água,
entorna tudo,
e a areia da praia,
recolhe os despejos
floreados pela humana idade,
na existência dos corais
mais antigos.
Somos os passageiros
de todas as cores,
que navegamos no voo
da vida colorida.
Vanize Claussen
14/09/2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
O POEMA
Os músculos
na alteração
da imaginação,
vão volatina-mente,
estupefatos de brisa,
regendo a orquestra.
Os movimentos,
tais como brilhantes,
enevoam a imagem
da fotografia,
onde o começo
paralisou no
voo rasante
das ideias geniais.
As notas musicais,
agora rotas,
qual partitura antiga,
sobrevoam o olhar,
enigmaticamente ao ar.
As imagens se fundem,
confundem,
e momentaneamente
se dirfarçam
como uma
pintura impressionista.
O tempo,
magicamente paralisado,
discorre líquido
pelas veias,
artérias do amor.
Os celulares,
já não tocam.
Os computadores
desligaram-se.
O poema tomou vida.
Onde é o começo?
Onde é o fim?
Eletricamente
e num repente,
voltou a luz.
Vanize Claussen
30/08/2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
A VIDA ESTÁ EM MIM
Coloco-me
a disposição,
mas não esqueço
quem sou.
Sou um ser
livre-vento
que caminha
na direção
da vida,
que percorre-me.
Escrevo.
Nas linhas dispersas,
me encontro viva.
Nas linhas anteriores,
estava distante
do ponto.
Agora vivo
na sabedoria,
no conhecimento
e entrego-me
nas saliências mentais
saudáveis
e volito alto,
saudando quem sou
e o que quero.
Então,
nas cortinas abertas,
com música nas latas,
ao som da viola,
observo o ensejo
distante,
já não serve mais.
Então dou a partida,
coloco o cinto
e segura vou a frente.
Mensurando cada segundo
a totalidade de viver bem.
Gratidão ao início e ao fim,
ao alfa e ômega,
ao claro e escuro,
ao yin e yang.
Gratidão ao antes,
ao durante,
ao depois
de minha encubação
Gestativa.
sou grata pela vida
e a vida está em mim.
Obrigada.
Vanize Claussen
23/08/2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
REALINHAMENTO
Eu me realinho,
me reescrevo,
me vejo
e anuncio vida,
resgato-me.
Descrevo-me
entre linhas
nas entrelinhas
do amor.
Sou frágil,
imperfeita,
assim me sinto forte.
Mas faço,
fiz o melhor
em tudo
que toquei.
Fui divinamente
planejada,
encantada,
estou aqui.
Sou sucesso
desde quando
fui gerada.
Saí da redoma,
me vejo,
inteira no espelho.
Entrego o que
não me pertence,
recebo paz.
Minha responsabilidade
está comigo.
Sinto novamente
os sinais.
Meu eu me recebe
profundamente.
levemente,
tranquilidade.
Ouço a natureza,
recebo placenta,
vejo-me mulher,
feminina,
linda.
Tenho a proteção divina,
sou pura e alegre,
o tudo que preciso
vem ao meu encontro.
Eu existo,
amo-me,
dependo
do amor divino.
Tenho
apenas
o que necessito,
nada além
do impossível.
As probabilidades
são grandes,
pois somente,
o necessário e perfeito,
para mim,
vem ao meu encontro.
Entrego o que não me pertence
e vejo-me livre das amarras.
Assim tenho vida,
assim recebo vida,
assim fico com o que pertence
ao divino em mim.
Vanize Claussen
22/08/2018
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
MACERAÇÃO
Me toco
de não tocá-lo,
por saber da insanidade
de cada um
ser diferente.
Está latente
a lição,
a construção
individual,
respeito lateral.
A vivência,
intensiva,
mortifica,
paralisa,
mas apruma alma.
Me toco
para não mal ver,
por saber da positividade
de cada um
ser o que é,
em construção.
Intensifico,
restauro,
ajeito as velas
para ir além mar.
Vou devagar,
mas acometo
dos erros que já tive,
a grande tarefa,
melhorar muito mais.
Olho o horizonte,
vejo as borbulhantes
águas brilhantes
que me esperam
mais além.
A luz incendeia
minha essência
macerada,
traz-me paz.
Sigo adiante.
Os olhos captam
apenas as formas,
as cores,
os movimentos.
E depois,
da passagem brusca,
dos anéis desfeitos,
da roupa rota lavada,
só restam costuras
dos pedaços soltos.
Então,
vejo-me descoberta,
desnuda,
atenta de emoções,
fortalecendo,
retirando cascas,
entoando paz.
Assim sigo,
com semblante cálido,
desviando
do que não soma.
Assim sigo o vento.
Levo-me inteira
para novas emoções,
onde a arte,
amiga íntima,
envolve-me de luz,
transita corações.
Gratidão a tudo
e ao Criador de tudo.
Vanize Claussen
10/08/2018
terça-feira, 7 de agosto de 2018
GRATIDÃO
Aceito,
recebo,
recolho,
distribuo,
gratifico-me
e vou assim
aceitando,
recebendo,
recolhendo,
distribuindo,
gratificando-me,
e tenho mais
aceitação,
recebimento,
recolhimento,
distribuição
e gratificação.
Assim sendo:
seja receptivo(a)
a aceitar,
receber,
recolher,
distribuir
e ser grato(a).
|Obrigada,
eu aceito,
eu recebo,
eu recolho,
eu distribuo,
eu sou grata(o).
Vanize Claussen
07/08/2018
HORIZONTE
Carrego no peito,
aberto em flor,
essa brisa,
essa paz...
O movimento,
estereotipado,
reluz verdade,
saindo da boca
do coração.
Anoitecendo girasóis,
vamos buscando,
estrelato.
Com imensidão
de centelhas
de prata
vamos colorindo,
aumentando,
marrecacheando
o universo de versos,
poupando explosões.
Agora o olhar,
regateado de horizonte,
provê caminhos
numa construção,
inquieta,
de rosas perfumadas.
Chegou a hora.
A lua aponta.
O brilho é intenso,
gigante,
ultrapassando plantios,
revolve a terra
e abre-se ao vento
das sementes.
Amanhece,
o destino me encontra
e o amor anuncia calmaria.
Vem!
Vamos caminhar
de mãos dadas
até o horizonte!
Vanize Claussen
07/08/02018
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
AMAR AMOR
Não me derrame,
não me encolha,
apenas apreenda-me
de papoulas vermelhas
nas elucidações
inquietas de amar.
Aceita-me
feroz ou maracujá,
mas não deixe-me
de cócoras
a olhar entre as pernas.
Não precipite,
mas chega perto
exalando
pelas entranhas
da alma,
a vibração quente
do sorriso voador.
Dá-me tua mão,
vamos cantar!
Vamos caminhar
na praça,
adentrar pelo lado,
volitando
como passarinhos
que tocam a água,
de leve,
com o bico.
Enebria-me,
dizendo que:
chegou a hora.
Mas não perca-me
novamente,
porque minha aquarela,
já ficou rota,
amassada demais.
Agora preciso de paz.
Olha-me dentro,
diz-me fora,
pinta-me de brisa,
incendeia-me toda
desse amor lúdico,
nessa vibração direta,
onde o êxtase está
dentro do olhar natural.
Faz-me ser apenas eu,
e nas entrelinhas,
ama-me como sou.
Assim te quero,
assim me quero,
vida viva.
Vanize Claussen
06/05/2018
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
TRANSFORMAÇÃO
Andante,
comum,
dissol-vento,
estrelas vagantes
num universo imenso.
Somos a apropriação,
a vida.
Depois...
saímos por aí,
nalgum lugar,
cantarolando estrelas.
Então,
passagem de ar,
subindo atroz,
volitando luz.
No espaço,
descendo, subindo...
as flores exalam,
perfume de sol.
As cores se abrem
e vamos nos
transformando,
e a tela renasce
no colorido da vida.
Vanize Claussen
01/08/2018
Somos a apropriação,
a vida.
Depois...
saímos por aí,
nalgum lugar,
cantarolando estrelas.
Então,
passagem de ar,
subindo atroz,
volitando luz.
No espaço,
descendo, subindo...
as flores exalam,
perfume de sol.
As cores se abrem
e vamos nos
transformando,
e a tela renasce
no colorido da vida.
Vanize Claussen
01/08/2018
quarta-feira, 27 de junho de 2018
COMIDA APROVADA
Os montes,
reclinados nas lapelas
das codornizes alertas,
ventam discretos
sob os alimentos naturais.
A hibernação
das gotículas dos sabores,
se desfaz
nos amarelados
e plastificados
quilos de anseio
amarelo ovo.
E no lamento da fome,
pelo mundo todo,
as bocas úmidas,
quase secas,
saboreiam apenas ar,
rarefeito.
A comida insana,
de humanos robotizados,
invade a alma,
com calma,
transgênica.
Tudo modificado,
aprovado,
governamentado,
para matar?
Onde ficou
a galinha da roça,
os ovos caipiras,
os vegetais orgânicos
e o coador de pano?
Onde estão as sementes?
E a terra para plantar?
Vanize Claussen
27/06/2018
terça-feira, 26 de junho de 2018
PADRÃO
Na solidão intacta,
divinal,
o relógio vai marcando.
Os segundos cantam
como fonte de sementeira.
O corpo delira no campo úmido,
veste-se de eletrecidade
e vai naufragando
no capim dourado.
Os intelectuais andando
e sobre o cimento roto
das estações,
dos vidros espelhados,
nos grandes arsenais humanos
que cintilam o horizonte,
apenas construções,
arranha-céus fulminam
a paisagem,
outrora natural.
Tempos de lucro,
onde a encurvatura
se acha na moeda corrente.
Demência humana,
escravizada na sua teia
tecida de globalização.
Seus dedos não tocam mais
e as sementes estão morrendo.
Vanize Claussen
26/06/2018
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