Hoje,
o dia amanheceu
com gosto de sal.
O mar,
no seu frenesi,
numa revoada
de sons,
saltando
entre as pedras,
encolhidas na praia,
jorrando sutis espumas
pela orla desse tempo.
O colorido insano
da areia com as pedras,
a água
em sua branca evolução,
a mata,
formam a sutil mensagem
da natureza.
a borboleta se atreve
perto das ondas
e voa pacífica
pelas gotas batidas
de suas batidas.
Não me atrevo interrompê-la
e nem aos pássaros
com seus filhotes
na mata atrás de mim.
Cantantes melodias
espraiam em meu coração,
em minha vida.
Os olhos estão abertos
nas profundas emanações
que me atrevo receber.
O som ruidoso
dos elementos naturais,
acalmam minha vida
no sentir dentro das almas.
Apenas observo
as passageiras
e momentâneas incertezas
das nuvens ao longe.
Hoje vejo o presente,
atento-me,
apenas ao que está.
Fortaleço-me de brisa,
de vento,
p'rá voar.
O nó na garganta,
pequeno está.
A estrada,
com seus atalhos,
observa a evolução.
São cancelas abertas,
discretas e saltadoras.
O movimento hoje é dentro.
Apenas observo.
Vanize Claussen
04/04/2022