As nuvens
exalam perfume,
inquietante frio,
que está fora.
Percorre-me,
no vento saliente,
as rupturas,
outrora vencidas.
Agora,
percebo os luminosos
elementos de paz.
Carregando no ventre
da alma,
o fogo do amor,
que aquece meu viver.
Agradeço o tempo,
os bloqueios,
toda pedra no caminho,
pois assim
aprendi.
Minha subida é festiva,
semeadora de valores.
Já não volto,
sigo em busca do mar,
horizonte...
Em minha frente
vejo girassóis coloridos,
terra de querer ficar.
Tonalidades e cores
no caminho percorrido.
São permissões e negações,
que agora,
clarificadas ficam,
no olhar infantil.
Jogo as redes,
vou pescar.
Chegou a hora de exalar
o perfume da criação
da minha essência.
Sou a pipoca,
o milho,
a panela.
Sou a espera
festiva do amor.
Agora,
chegou,
dentro.
Vanize Claussen
30/07/2019