domingo, 2 de junho de 2019

TRANSCENDÊNCIA

Toca-me,
dentre os leves sussurros,
ativa-me de luz.
E, onde a sementeira estiver,
colore-me de paz.
Realça-me de brisa
nas entrelinhas da vida,
disfarça-me de insegurança,
para que o amor reviva.
Trás no tempo 
da semeadura
a colheita certa,
a fruta saborosa que me faz.
E, nas deliciosas tramelas
do tempo esquecido,
possa reviver a emoção,
latejante fórmula,
etérea certeza
da discrepância humana.
Assim,
dando início novamente,
reabro-me a visão
e sinto-me viva,
qual folha que cai sobre
as águas do rio 
e desce a correnteza.
As gotículas espraiam
sobre o verde espaço,
afundando minh'alma
no universo interior.
Descubro-me,
revelo-me,
aceito-me,
assim sou:
límpida e lavada
na transparência
do amor divino.
As cachoeiras,
alheias ao interior,
não podem sentir,
pois o que vejo,
está aqui,
dentro, 
em mim.
Saudações de respeito,
tenho a todos!
Amo o que sou,
atenta estou ao que é.
Lágrimas,
centelhas de prata,
derramadas há muito,
por sobre as flores.
Agora
o jardim amanhece,
sem lamento.
Experimento-me,
apenas,
ar,
nas borbulhas
temporais.

Vanize Claussen
02/06/2019




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