sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

COLHEITA

Na vida,
colhemos,
plantamos,
recolhemos,
retratamos,
alertamos,
dissolvemos,
das entranhas,
da alma
o que merecemos.
Assim,
seguindo,
no vértice das
membranas caóticas
humanas,
vamos absorvendo,
retraindo,
respirando,
recriando
o prazer de continuar.
Sem lugar,
com espaço,
no temporal,
no amasso
da corredeira pasma,
do amor embotado,
curvado,
 do homem escondido,
ferido,
retraído em si mesmo.
Desorientação,
armação imaginada,
corrupção delatada,
aos que o acolhem,
que lhe abrigam,
fazendo em si,
aos outros,
a mentira que vive
em si mesmo,
a si mesmo,
envolvendo 
ao seu redor,
sua dor de perda.
Perdição,
imaginação,
criação espontânea,
de vestir nada,
dizendo de Deus,
cantando promessas,
ainda sem crê-las,
sem fazer 
o que o trouxe.
Ah! Tempo de colheita!
Insanidade ver,
verdade nua e crua:
anoitecer de amizade,
escuridão,
evasão,
dissolução.
Sempre?
Deus trará
a resposta.
Amém.

Vanize Claussen
19/02/2016





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