sábado, 14 de setembro de 2013

TEMPO DE IMAGENS

 Somos entontecidos de sinais,
onde lixas, livros e vergonhas
não podem deter
o que vem do alto
e no íntimo está.
Ah! Que saudade
da flor do amor,
que desabrocha
todos os dias!
Quantas vezes nem percebemos!
Quanta vida!
A natureza nos espera...
E no vagar da lida
somos pesquisadores do tempo,
movimento de percepção,
onde o espaço é o presente,
não existindo, portanto,
passado ou futuro,
mas o que vivemos e presenciamos.
Tempo de imagens:
umas que ficam,
outras que vão...

Vanize Claussen

24/11/2012 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

GOTAS

 O vidro reflete o brilho de gotas,

estilantes,

onde,

através da janela,

os olhos d’água

incendeiam a noite

de se ver, em luzes,

nos prédios em frente.

O poste,

com seu farol

reluzente,

também acenam

gotas deslumbradas

de sol,

onde o poema

distorce pra cantar

na chuva que aquece

meu pensar.

Ah! Delícia de tempo!



Vanize Claussen 
12/07/12

ESPERANÇA

Na sofreguidão de um amor,
apavora-me pensar,
que diante de sinais,
de flocos rápidos
o termômetro deve acender,
perceber,
dissolver,
aumentar...
Ninguém sabe
o que vai acontecer e,
na sintonia de amar
o vento pode trazer
e levar...
As páginas são viradas,
apesar de sempre acontecendo,
todo dia.
Porém a brisa,
que toca,
de leve meu corpo,
incendeia minha alma
de prazer de amor.
Quero sentir
o sabor do teu beijo
e nas conjunções de música,
estar.
Onde? Quando?
No tempo preciso,
acontecerá.

Vanize Claussen


06/07/2012

EXPERIMENTAR

Experimento,
tempo de chuva,
calor das cobertas,
risos na vizinhança...
Música sertaneja
fora do quarto,
filha no computador.
Mãe enrolada
nas cobertas, absorta,
as vozes da televisão.
Água caindo forte,
carros passando na rua.
No aconchego do lar, na cama,
escrevo, dissolvo
palavras que me vêm a mente.
Chá quente ao meu lado,
na mesa de cabeceira,
anestesia minha vontade
de experimentar estrelas neste poema.

Vanize Claussen
17/03/2012

ENCONTRO

Estrelas sopram
nos meus ouvidos estalam
e completam formas.
Felicidade estar
ouvindo você,
mesmo que longe.
São pequenos toques
num tic-tac
invadindo a alma,
truque de luz
que somente o amor
transforma e emana.
O horizonte traz paz
e conforme a dança do tempo,
vamos nos encontrando
no ar, por aí,
para ser feliz.

Vanize Claussen

05/07/2013

LAÇOS SEM NÓS

Os laços,

que antes firmes,

se encontram discretos,

como se uma névoa

estivesse escondendo

as rosas vermelhas

desse amor de alma.

Mas o tempo,

remédio de todos,

implacável

irá trazer, na essência,

o nosso destino.

E na construção

dessas paredes,

ainda caiadas,

buscamos ver

o jardim de nós

ultrapassando

os limites terrenos.

A esperança.

que antes fugidia,

se instala novamente

no olhar da flor.

E agora,

o presente restaura

o seu e o meu coração.

Ilusão, que antes,

transformara-se em ansiedade,

apagada está e dissolvida.

Agora é o momento

do nós sem nós.


Vanize Claussen

13/09/2013

SOU ALMA



Sou um pouco vento,

um pouco tempestade,

um pouco flor,

um pouco verdade.

E no tempo certo

sou fruta da colheita.

A água me invade a calma,

me transforma a forma

do tempo espiritual que vejo.

sinto-me invadida,

deixo-me ser translúcida,

brilhante e extasiante

na perfeição de existir

além daqui a alma.


Vanize Claussen

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