segunda-feira, 15 de outubro de 2012

EXPERIMENTAR

Experimento, 
tempo de chuva, 
calor das cobertas, 
risos na vizinhança... 
Música sertaneja fora do quarto,
 filha no computador. 
Mãe enrolada nas cobertas, absorta, 
as vozes da televisão.
 Água caindo forte, 
carros passando na rua. 
No aconchego do lar,
 na cama, escrevo, 
dissolvo palavras que me vêm a mente. 
Chá quente ao meu lado,
 na mesa de cabeceira,
 anestesia minha vontade
 de experimentar estrelas neste poema. 

 Vanize Claussen
 17/03/2012

ESCREVO

Na verdade escrevo, 
com alma, 
a calma que percebo da vida, 
nos deslizares do amor; 
o que recrio na forma 
de fazer poemas
 e encher o íntimo, 
soltando linhas
 buscando coração.
 Escrevo apenas,
 como canção.

 Vanize C. Corradini 17/03/2012

PERCEPÇÃO

Que eu encontre em você, 
mesmo na distância, 
na epiderme de alma,
 as linhas deste poema. 
E quando me fala em ‘calma’
 que seja arrebatador
 o pulsar do gozo, 
que anestesia meu corpo.
 Que seja leve o sopro
 no sonho da vida, 
mas que intenso fique
 em nossa percepção. 

Vanize Claussen 
 17/03/2012

SEDE

As folhas secas,
 os passos largos
 e a certeza do afago, 
e o calor do sol.
 Na floresta o poço, 
lugar de querer ficar a banhar-se, 
onde borboletas
 irradiam asas voadoras
 num colorido mágico,
 e o brilho reflete
 a luz do dia
 num poema vivo
 da água a molhar meu corpo, 
sedento, 
de natureza. 

Vanize Claussen
 17/03/2012

Cachoeira dos Frades - Teresópolis/RJ

HUMANO INTANGÍVEL

Como música, 
existe o toque, 
aquele que exala, 
expande a alma
 ao universo íntimo.
 Apena há encontro,
 onde, 
sem interferência, 
se deixa abstrair 
para a viagem profunda.
 Ah! Esse céu de imagens! 
Tudo transformando-se 
 e rapidamente evoluindo! 
O passo foi dado,
 fortificando ossos da imaginação,
 onde tudo é extremamente sagrado,
 e, o toque da criação nos transforma
 e acalanta em seu colo, 
para fluir no som profundo
 da imagem intangível de ser humano. 

 Vanize Claussen 
06/10/2012

Postagem em destaque

O CAMINHANTE