Na vida temos dilemas a resolver, mas
não devemos deixar que nada nos afaste do caminho traçado pelo amor. Muitas
vezes existem semelhanças entre as pessoas e muitos podem até mesmo ter a afinidade
ideal para estar ao seu lado, mas se as bagagens que traz não combinam com as
suas, melhor deixar ir. E na medida que compreendemos o fato, o sofrimento fica
mais leve, pois precisa acontecer a combinação em todos os níveis para que
aconteça a beleza do amor.
Muitas vezes somos infiéis ao nosso
próprio íntimo, querendo coisas que jamais serão uma boa caminhada de vida.
Muitas vezes vamos insistindo em algo profuso, difícil, sem nexo e que faz o
caminho inverso a nossa busca de vida. Então, demoramos dias, meses, as vezes
anos, para entender que tudo aquilo que vivemos foi por nossa opção de escolha
e também para um aprendizado.
E, quando atentamos à nossa saúde,
percebemos que se não tivéssemos esquecido de nós, estaríamos produzindo muito
mais que antes e de uma forma poderosamente saudável. Mas o coração junto a
nossa mente, vai nos enganando no passo a passo de nossa VIDA, nos fomentando
imagens de prazeres incalculáveis, enquanto apenas o AMOR deveria estar expandindo
e crescendo com plena sinceridade.
Percebemos então que nossa viagem
entre coração e mente fica vagando devido a estarmos num corpo material de
difícil acesso ao roteiro da alma que intangível, intocável se movimenta através
do que sentimos e observamos.
O tempo, apenas ele, pode nos mover a
favor de uma manifestação mais saudável e experiente de nossa construção de
milhares de imagens durante uma vida inteira, onde, à medida que envelhecemos,
vamos tendo um pouco mais de sabedoria para lidar com tremendo caos interior,
que por vezes, desestruturam, quando mal aplicados mentalmente ou
emocionalmente.
A larga vastidão da vida nos levaria
a tremendo desconcerto interior, caso estivéssemos sem entendimento real do
grande espetáculo da imagem do aprender a que viemos, mas quero crer, que
grande parte desta humanidade tenha certa percepção, quando em contato indireto
com a morte física.
Sendo assim, a beleza do amor está
nas pequenas coisas do dia a dia, nos detalhes, no agora, nos mínimos detalhes de
cada minuto de vida, que procurando viver como um observador e silenciando
dentro, conseguimos constatar a experiência real do que realmente somos: A
Alma.
Vanize Claussen
17/09/2013