terça-feira, 15 de setembro de 2020

CONECTADOS

 Os versos elétricos,

movimentados ao espaço do todo,

caminham nas fagulhas de luzes coloridas.

São experimentais idéias

saboreando o novo.

A translúcida termostática fórmula

de emoção divinizada,

faz o coração pulsar nos ventos interiores.

O temporizador desarma,

transmutando a água

na essencial forma de luz.

O teor humanizado umidifica,

transcendendo as estações físicas.

O experimento humano

divagando nas corredeiras dos rios

caudalosos de amor,

patenteando na reverberação

do infinito.

Audazes e velozes,

estamos em movimento

de divagação.

E, nos trocadilhos 

corriqueiros,

ainda somos os mesmos

por fora.

Portanto,

 a mudança aconteceu,

mas na elétrica centelha, 

 dentro.

Almificada mudança.

Tempo  para pensamentos,

tempo para experimentos,

tempo de navegação...

e no caminho,

havia um celular.

Vanize Claussen

15/09/2020

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quarta-feira, 27 de maio de 2020

AQUECIMENTO

Que as cores
e os portões se abram!
E, intrigantemente,
possamos abrir as comportas
para desabrochar a vida!
Cada experiência nos modifica,
nos aquece, nos entorna.
Cada movimento é um estágio
para nossa evolução.
Estou aqui,
sentada na varanda.
O tempo entorna-se,
discreto,
nas soluções das marés.
Disponho-me de brisa,
de luz e certezas.
Quero encontrar o tempo
que se perdeu
no agora para depois
e navegar as estrelas
dos pensamentos inquietos
para dar-lhes vida,
e assim,
sonhar realizando.
Quero cantar
as emoções incessantes
e solucionar 
as galáxias interiores.
As flores do amanhecer
me distraem nas palavras
de meu coração.
A alma brilha
e me aquece agora.

Vanize Claussen
06/02/2020





domingo, 16 de fevereiro de 2020

CORAÇÃO

Restaura-me,
nas cordilheiras do amor,
restaura-me.
Ensina-me
conhecer caminhos
dos quais nunca vi.
E, toca-me 
as entranhas passadeiras
da luz matinal,
arrebatando-me
das invencíveis certezas.
Observa-me
nas entrelinhas da navegação
e transborda em meu ventre
 a conexão; 
onde, apenas pássaros, 
conseguem entender.
Abre-me feito brisa
e dissolve das agulhas
escaldadas
a sombra do espelho refletido.
Invalida as discrepâncias rasteiras
das imagens refletidas
em grotescos sinais,
mas alimenta-me
do mel da vida,
onde o doce sabor
vem das estrelas de algodão doce.
Assim,
aquieta-me nessa luz sobrevoante
das imagens em meus sonhos,
para que
de carpinteiras floradas
possa me servir.
E que teus olhos,
sempre atentos,
me assoprem as certeiras decisões,
para que se abram
os caminhos iluminativos
nessa alma
que lhes pede
apenas sabedoria.
Que se abram as comportas
da sobrevida
e o coração seja restaurado!

Vanize Claussen
05|02|2020



terça-feira, 30 de julho de 2019

ALEGRIA

As nuvens 
exalam perfume,
inquietante frio,
que está fora.
Percorre-me,
no vento saliente,
as rupturas, 
outrora vencidas.
Agora,
percebo os luminosos
elementos de paz.
Carregando no ventre
da alma,
o fogo do amor,
que aquece meu viver.
Agradeço o tempo,
os bloqueios,
toda pedra no caminho,
pois assim
aprendi.
Minha subida é festiva,
semeadora de valores.
Já não volto,
sigo em busca do mar,
horizonte...
Em minha frente
vejo girassóis coloridos,
terra de querer ficar.
Tonalidades e cores
no caminho percorrido.
São permissões e negações,
que agora,
clarificadas ficam,
no olhar infantil.
Jogo as redes,
vou pescar.
Chegou a hora de exalar
o perfume da criação
da minha essência.
Sou a pipoca,
o milho, 
a panela.
Sou a espera
festiva do amor.
Agora,
chegou,
dentro.

Vanize Claussen
30/07/2019




sexta-feira, 26 de julho de 2019

SENSAÇÕES

Café,
leite,
açúcar,
pão,
mexilhão.
Leite,
chocolate,
café,
pão, 
açúcar,
melão.
Fruta,
amor,
paz.
Ônibus,
harmonia,
alegria,
integração.
Música,
saudade,
verdade,
interior,
felicidade.
Construção,
tijolos,
cimento,
lamento,
experimento.

Vanize Claussen
26/07/2019

terça-feira, 2 de julho de 2019

RETIRADA

O tempo perdido,
isolado,
entre o espaço e pedaços.
Percalço ao meio,
caminho enlutado,
discreto,
sozinho.
Centelhas de névoas
sobrevoando as cores.
Perdizes inquietas,
ao redor,
dissecando a luz.
Sorrateiramente,
afasto o mau nebuloso,
refaço as cordas
e dou asas a criação.
Saio do espaço,
olho ao redor,
a escada me olha.
O riso infantil,
se foi...
As flores já não ouvem
o sussurro de minhas palavras.
Deserto de imagens,
revoada.
Percebo o tecido,
apesar de transparente,
tapando idéias.
Retiro,
perdoo e entrego.
Saiu o peso,
volto a sorrir.

Vanize Claussen
24/06/2019


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O CAMINHANTE