sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ESPERANÇA

Na sofreguidão de um amor,
apavora-me pensar,
que diante de sinais,
de flocos rápidos
o termômetro deve acender,
perceber,
dissolver,
aumentar...
Ninguém sabe
o que vai acontecer e,
na sintonia de amar
o vento pode trazer
e levar...
As páginas são viradas,
apesar de sempre acontecendo,
todo dia.
Porém a brisa,
que toca,
de leve meu corpo,
incendeia minha alma
de prazer de amor.
Quero sentir
o sabor do teu beijo
e nas conjunções de música,
estar.
Onde? Quando?
No tempo preciso,
acontecerá.

Vanize Claussen


06/07/2012

EXPERIMENTAR

Experimento,
tempo de chuva,
calor das cobertas,
risos na vizinhança...
Música sertaneja
fora do quarto,
filha no computador.
Mãe enrolada
nas cobertas, absorta,
as vozes da televisão.
Água caindo forte,
carros passando na rua.
No aconchego do lar, na cama,
escrevo, dissolvo
palavras que me vêm a mente.
Chá quente ao meu lado,
na mesa de cabeceira,
anestesia minha vontade
de experimentar estrelas neste poema.

Vanize Claussen
17/03/2012

ENCONTRO

Estrelas sopram
nos meus ouvidos estalam
e completam formas.
Felicidade estar
ouvindo você,
mesmo que longe.
São pequenos toques
num tic-tac
invadindo a alma,
truque de luz
que somente o amor
transforma e emana.
O horizonte traz paz
e conforme a dança do tempo,
vamos nos encontrando
no ar, por aí,
para ser feliz.

Vanize Claussen

05/07/2013

LAÇOS SEM NÓS

Os laços,

que antes firmes,

se encontram discretos,

como se uma névoa

estivesse escondendo

as rosas vermelhas

desse amor de alma.

Mas o tempo,

remédio de todos,

implacável

irá trazer, na essência,

o nosso destino.

E na construção

dessas paredes,

ainda caiadas,

buscamos ver

o jardim de nós

ultrapassando

os limites terrenos.

A esperança.

que antes fugidia,

se instala novamente

no olhar da flor.

E agora,

o presente restaura

o seu e o meu coração.

Ilusão, que antes,

transformara-se em ansiedade,

apagada está e dissolvida.

Agora é o momento

do nós sem nós.


Vanize Claussen

13/09/2013

SOU ALMA



Sou um pouco vento,

um pouco tempestade,

um pouco flor,

um pouco verdade.

E no tempo certo

sou fruta da colheita.

A água me invade a calma,

me transforma a forma

do tempo espiritual que vejo.

sinto-me invadida,

deixo-me ser translúcida,

brilhante e extasiante

na perfeição de existir

além daqui a alma.


Vanize Claussen

TEMPO



Somos construtores

do tempo,

inquieto ser que

dissolve imagens reais

em passado de idéias...

Volume de pensamentos

que sufocam em brotação,

como jardim, onde,

variadas flores e cores,

se entornam.

As imagens construindo

um tempo inexato,

onde apenas, 

o presente momento é real.

O que vem depois,

não importa...

Mas a exata sensação

é a falta de controle,

que nós, 

seres humanos,

temos, 

em relação ao tempo, de ver.


Vanize Claussen 
13/07/12

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

VENTO

Se meu voo fosse igual
a pipa que voa,
estaria voando
ao seu encontro
na esperança,
de mais uma vez,
ser chamada
a enamorar-me de ti.
Mas a vida não espera,
corre alerta à todos os lado e,
desse jeito,
vamos trabalhando
na correria do vai e vem,
onde em pequenos momentos,
nos encontramos,
nos entorpecemos do amor.
Criador, criatura,
na faminta de arte
de amar e do amor.
Espetáculo de vida,
onde desabrocha a união
do amor mais puro!
E na rabiola balançando,
o espetáculo do encontro
entre céu e terra,
entre azul e mar,
na procura desesperada
do encontro fortuito
entre nuvens espaçadas
no vento de si mesmo.
Pregadores no varal,
balançando,
o telhado envidraçado
na busca de ver
e com clareza escolher:
fonte de iluminação,
paz, envolvente espaço
onde tudo é perfeito.

Vanize Claussen 

31/10/2010

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