segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OLHAR DO SILÊNCIO


Neste olhar lacrimoso de esperança,
Brota a flor calma de gotas
Envolvendo o pensamento:
Produz o som do silêncio (macio),
Que cai sobre a terra
Lavando a poeira.
Acima,
Dentre ramos do azul-céu,
Brancos carneirinhos vêm em busca do amor
Querendo descobrir a forma da dor.
A relva, quase sem brilho,
Tornou-se nítida de luz.
Esta noite os grilos
Rimam canções coloridas,
Os cavalos adormecem com a terra,
As corujas olham
Compassadamente as o tempo,
Os pássaros da noite sobrevoam o céu;
Todos os animais têm aspecto exterior.
E eu aqui,
A chorar com a chuva
Que me leva profundamente
Nas suas águas de verão.
Deito-me abaixo dela,
Deixo-a bater em mim
Com seu jeito calmo de soltar
Suas pétalas d’água.
Adormeço com o sonho
Que leva-me novamente
A ver esta cortina transparente.
Sob um grito acordo meu pensar...
Mas, que desta chuva
Nunca me esquecerei,
Pois floresce de repente
No coração da gente

Vanize Claussen
( dedicada aos dias em que teu olhar derrama o suor do tempo)

ACONCHEGO



Sou romântica e discreta
E só me abro como flor
A quem se abrir para mim.
Creio na eternidade
E me suporto sem enganos,
Pois a vida se compreende
Sempre que houver amor.
No aconchego do seu carinho
Encontro-me com cheiro de rosa
(perfumada com teu amor).
Observo o teu corpo,
Mas quero tudo em você.
A matéria é o mínimo
Que podemos obter um do outro.
Para além existe a alma
Que dá sentido a tudo.
E sentir o tudo é maravilhoso!
Compreendemos assim
Que somos tão pequenos
Diante de um universo infinito
De um Deus onipotente.
Somos força que nunca pode
Parar de vibrar,
Pois o sentimento
Torna toda vida bela.
Somos uma janela
Aberta ao mundo.

Vanize Claussen

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vídeo sobre o livro ETERNO OLHAR





AMOR




Pétalas de rosas vermelhas,
muitas...
óleos aromatizantes,
velas aromatizadas,
um vinho tinto seco e
duas taças lindas...refletindo as luzes cálidas das velas
e um tom amarelado refletindo as paredes
onde as sombras estão balançando e iluminando o quarto.
Ah! Esse amor que não chega!

Vanize Claussen

O BALLET DA ESPERA



Dançando conforme a música
vou esticando minha alma
de horizonte de espera,
inicialmente, capricho,
depois certeza
de não haver nada igual
ao cantante ser dançante em mim.
É o ballet do amor
que estala, crepita, foguenta
minha vontade de ser amada,
como criança acariciada
e de beijos acalentada.
Oh, doce fortuita vontade
de estar apaixonada de brisa!
De fulgurar as entranhas da cor,
onde sopra os anseios mais puros
e se alimenta o movimento de luz!
Oh, doce ballet da espera!

02/09/2012
Vanize Claussen

MINHA TIA-AVÓ


Seus cabelos brancos
refletem experiência,
sinônimo de vida,
onde a esperança,
brilha grandiosa
em seus olhos negros
de criança em alma.
Ah! Tempo sem perdão
que nos incomoda
com o passar da idade!
Uma verdade
iluminando os passos,
mas em seu corpo,
dissolve tranquilo,
 imagem de luz.
Espaço-tempo
de imagens do corpo,
do novo ao velho,
mas carregando em si
a madureza do amor
e a certeza da realização
na sabedoria enraizada,
como árvore frondosa
e antiga na idade.
Ah! Esses cabelos brancos!
Quanta sapiência do amor!

Vanize Claussen

5-11e12/10/2012


Dedicada a minha Tia Bega

CARÍCIAS DE LUZ


Não me importam o parágrafos,
pois não são escuros,
entre um e outro
a força vai aumentando o amor
e jamais perdemos os momentos.
Eterniza-se a sensação
quando existem estas pausas
para cantar o coração.
A saudade aperta
e outro parágrafo recomeça,
cheio de carícias de luz.
Ninguém fica só
e a essência profunda da luz
nos mostra isto.
Somos feitos um do outro
mas ninguém é dono.


Vanize Claussen

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