O olho aguça a fala,
tecida no tecido,
colorida,
africano.
É como um vento,
Uma névoa,
Um lamento,
Uma força,
que a branca canção,
num toque,
não consegue,
por padrões criados,
nesse tempo humano,
captar.
A negra presença se faz,
numa ausência atrás,
agora.
Somos filhos da África,
somos filhos do vento,
da poeira do caminho,
de árvores sagradas,
somos filhos dessa estrada
entre África- Brasil.
Somos a mistura de povos,
NEGROS, BRANCOS, AMARELOS, VERMELHOS
de todos os lados,
SOMOS O COLORIDO BRASILEIRO.
Somo um povo cafuzo ou confuso?
Somos um povo mameluco ou maluco?
Somos todos, pajem,
de em algum momento.
Em algum movimento,
Viramos a página e seguimos
Na nossa divina presença preta
no coração vermelho-lilás.
Onde mais teremos esse templo?
Nos cabelos encaracolados,
mesclados, revirados,
trançados e lisos.
Seremos a nação de todos,
numa mistura
portadora de cores
e iluminada de amor por todos.
Somos a BRASÁFRICA.
Vanize Claussen
06/08/2023
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