O barco está na margem,
onde a claridade se instalou em brisa leve.
O dia caminha
encantos jamais experimentados antes.
São os feixes do horizonte
que vão se abrindo em névoa
prateada e dissolvendo
os murmúrios inquietos da noite.
Os passos úmidos desenlaçam
as corredeiras e solfejam
inquietos andarilhos
pela manhã de inverno,
entoando aquecidos
dentro de uma espessa bota preta.
Caminham em direção
a grande queda da cachoeira,
onde se encontram poucos turistas
e ninguém ao menos percebe aquele
ser inquieto que caminha apressadamente.
O dia ainda rompe irritadiço
pelo pulsar do horizonte que lhe atrela,
mas levemente o sol
vai entoando seu espetáculo para todos.
As grades que estão bloqueando,
apenas deslisam pelo vácuo interno.
as asas se abrem
e o voo acontece.
Vanize Claussen
30/06/2015
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