sábado, 16 de abril de 2011

A BUSCA

Somos aprendizes de nossa própria história de vida, e assim vamos construindo imagens interiores na busca desse ser morador de nós.
Não acontece a perfeição, mas formas de expressões, que ao hibernarem muito tempo, vão se dilatando e saindo diversamente em transformações diretas ou indiretas ao meio em que agimos. Vamos acontecendo sem medo, sem mágoa, sem estresse.
Porém, as mudanças são anexos complicados de passagem, onde estamos germinando nova semente para estourar e crescer sobre a terra.
O espaço de tempo em que isto acontece é semelhante a um pequenino grão de areia, porém, para quem está passando, transforma-se em um turbilhão de imagens que parecem que não acabam nunca.
Mas, nesta vida, tudo passa e cedo ou tarde perceberemos que estamos envolvidos em nova imagem, em nova busca, em um novo conflito interior para que o crescimento espiritual se fortaleça e derrame-se pelos ambientes onde estivermos.
Não existe uma verdade absoluta, mas verdades suficientemente fortes que emanam fortaleza dentro de uma fraqueza tão imprevisível de vida que temos. Provavelmente verdades diferentes que se encaixam com a vida indistintamente diferenciada de cada ser humano.
Cada ser humano é uma pequena gotícula do amor de Deus emanado neste mundo, e nesta percepção concebemos a imagem “criativa” do Criador, onde em cada pessoa constrói um ser diferente e possuidor de sensibilidades e informações diversificadas durante sua trajetória neste planeta.
Afirmar que somos todos diferentes é algo propositalmente forte para que sejamos buscadores sempre do movimento interior que a própria criação nos fomenta. Desta forma estaremos no caminho que inimaginavelmente se acabará em algum ponto para expandir em outro lugar que ainda não sabemos onde.
Somente nesta busca incansável de crescimento espiritual interior podemos usufruir das graciosas especiarias que o Criador tem a nos oferecer, não importando o caminho que escolhemos, por que a diversidade auxilia no crescimento.
A busca deve ser contínua esperança de encontro e desta forma saberemos que não foi em vão nossa grande viagem através da criação onde tudo se transforma a todo instante. Sabemos então que bastou nascer para estar morrendo e que morrer nem sempre é no plano real do corpo, mas nas mortes interiores, nas células, nos argumentos e muitos outros aspectos.
Buscar significa morrer e morte significa transformar-se a todo instante. Por que quando buscamos temos que aceitar o novo e descartar o velho e estragado para que através de uma libertação possa encaixar-se em nós uma nova imagem de vida e nova forma de viver.
As transformações em todos os níveis atualmente passam pela fortaleza digital ao encontro de muitas imagens e idéias onde a descoberta científica avança de uma forma intrigante e rápida e percebemos como se este planeta estivesse numa rotação acelerada de tantas informações ao mesmo tempo e rapidez em todas as áreas.
Sendo assim, nossa busca fica mais arrojada e difícil, por que percebemos que vamos deixando passar muitos momentos de tranquilidade e de uma vida calma. Numa formatação acelerada de vida. Como parar e observar tantas preciosidades que vão sendo esquecidas e dissolvidas pelo tempo?
A nossa busca fica interrompida e deficiente, mas é preciso não deixar que acabe de jeito algum acabe. Temos a responsável tarefa de olhar em nós e perceber onde está ficando obscuro dentro de nosso balde, onde preciso trazer luz. Desta forma estaremos em crescimento profundo na busca do movimento do ser morador de nós.
Vanize Claussen Corradini

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