quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

GRATIDÃO

Acalento,
dentro,
sob inspiração infinita,
as águas vivenciais
transformadas em brisa.
A paz,
grandiosa estrela,
sobrevoa alma.
Discretamente,
enriquecida.
E sob tecidos fartos,
crio, inovo experiência,
comando funções,
revitalizando necessidades,
criando patrimônio
onde as pedras
tornam-se transparência.
A vida sorri,
novamente inquieta
ir descobrir novidades.
Ainda é tempo
e ele sorri.
A riqueza nos abraça,
dentro e fora.
Agradeço, decido,
observo, continuo,
confirmo ...
No extremo do planeta,
existo,
todos sabem.
Aqui estou ricamente,
ampliada de luz
e grandes experiências.
Eu sinto gratidão.


Vanize Claussen
31/01/2019


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

SIGO MEU CAMINHO

Carrego no tempo
a videira inteira
de luz.
Como feixes sagrados,
vou trazendo,
embrulhada,
a pérola divina.
As correntes soltaram-se.
Resta apenas o brilho,
ao longe,
das tempestades 
dissolvidas.
Agora o caminho,
rico de lucidez,
discorre calmo.
Sobrevoo,
dentro do antigo algoz,
a certeza de solturas.
Observo,
apenas ao longe,
os sutis desejos,
guardados no amor.
Canto para a vida,
deixo apenas o som,
da minha voz, 
escorrer
diante da multidão.
Agora,
livre,
percorro as montanhas,
observo os passarinhos,
navego na placenta 
terra mãe,
entrego ao universo
o meu direito divino,
para que chegue
o que preciso.
Realizo tecidos,
formas,
exclusivas idéias.
Sigo meu caminho,
sabendo escrever
para que chegue
aos corações,
as mensagens da luz.
Acredito no melhor destino.
Sei que tudo conspira a favor.
Apenas prossigo,
rumo a vitória,
antes da partida.

Vanize Claussen
15/01/2019



sábado, 8 de dezembro de 2018

NATUREZA

A chuva,
lascada espera
de inóspitas certezas.
São percalços de água,
molhando a terra,
lavando a vida.
A canção delicada
desenvolve ritmo,
discreto.
São gotículas minúsculas,
descendo e sopradas,
antes pelo vento,
nas direções variadas.
As folhas das árvores,
recebem em sua seiva,
a essência preciosa,
a água.
Os pássaros assoviam,
cantarolando,
incertos,
seus piados variados.
A natureza respira,
apesar do frio,
ela serpenteia gigantesca
as nações do mundo.
Sobrenatural,
caminha de acordo
com seu clima.
Aqui ficamos,
observando a beleza.

Vanize Claussen
08/12/2018


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

SALVE, SALVE

Nos arredores do mundo,
infalível está
o vento soprando.
É canção exalando
dentro,
o universo de fora.
Os mares,
as montanhas.
as luzes e cores,
vão arrefecendo,
vão tornando-se
paz.
Já não há 
encontros, 
nem despedidas,
somente o caminhar
dos dons emitidos,
restaurados no âmago.
A fortaleza fulgaz,
deslumbra
na fragilidade 
da criação.
Então,
o pensamento,
como que ressabiado,
apenas observa
as estações.
Salve, salve...
a primavera chegou!

Vanize Claussen
02/11/2018




quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O CAMINHO


A terra vai invadindo
os sapatos molhados,
rotos avermelhados.
No chão,
o pó.
Ao redor,
a brisa passeia,
serpenteando migalhas.
O pão,
antes amanteigado,
respira dores duras,
fagulhas no ventre,
corredeira insana.
Os pés,
crepitando,
na vulgar infantaria,
sobrevoa os anéis
das imagens paralisadas.
A madrugada,
debruçada sobre a terra,
acorda o corpo traçado
das inquietas certezas,
ainda que tardias.
O caminhante adormece,
sua alma evapora.

Vanize Claussen
1/10/2018









A COZINHEIRA



 Pedra, pedra,
sementeira,
pedra e pedra
na carreira da pedra,
uma soleira.
Esvazia a chaleira,
a cozinheira
e senta na pedra da soleira.
A pedra da carreira,
solteira.
Que saudade,
da avó cozinheira,
sentada na pedra dura
da soleira!

Vanize Claussen
01/10/2018


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

A PRATELEIRA

Momentaneamente 
observo...
percebo nas inscrições,
sadias fontes de essência.
Cada olhar,
uma alma.
Cada vagão,
uma multidão apertada.
As estreitas passadas,
rotas,
rumo a labuta,
vão enrubescendo,
entortando os sabores
da alma livre.
Mas,
na razão do amor,
uma conexão
de labores interiores.
Os pedaços,
as mãos,
a cabeça,
o aconchego do filho,
que no encharque
da vida,
incendeia o coração de paz.
O esfuminho,
ainda que esticando a cor,
vai trazendo novidades,
vai mostrando tonalidades,
onde o encontro,
navegante inquieto,
emociona os corações.
A criação arremetendo,
na luz dos estilhaços,
o afeto encontrado.
Na divagação,
ainda inconstante,
o nevoeiro vai saindo
e a centelha divina,
antes perdida,
se torna plena
como um cristal.
Na prateleira,
apenas sorrisos
e gratidão.

Vanize Claussen
20/09/2018



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