terça-feira, 10 de setembro de 2013

SER POETA



QUERIA TANTO SER POETA
E CANTAR NUM SONHO LINDO
MINHA POESIA INFINDA,
CANTANDO AOS CINCO CANTOS
QUE AVIDA É LINDA,
QUE O AMOR EXISTE
E SEM METÁFORAS
FALAR AO MUNDO
O QUE CONSISTE,
POR QUE DEUS EXISTE
E O HOMEM
A ELE NÃO RESISTE.


Vanize Claussen

REENCONTRO


A última nota, o último verso...

Pensei não acontecer mais...

Porém, a primeira vez

do reencontro

fez-me ver você

com simplicidade,

emoção...

Esperei por este encontro,

com vontade...

Quanto menos te espero,

encontro-te...

Isso é bonito, mas não total.

Queria parar, ficar, te olhar, te sentir, te ouvir

por infinitas horas, te achar em mim...

Sinto-me bem, mas a porta

não está aberta ainda

 completamente

ou para estar totalmente.

Quero te encontrar

quando a porta abrir inteira

ou quando não existir

                       mais paredes.


Vanize Claussen 

RECANTAR


Quero que chova muito
para alagar certos corações
ensurdecidos com o tempo,
por isto canto com a chuva
este inquietante sono de liberdade,
para que todos encontrem
a virtude de ser...
e grito com a água
a esperança da vida.

Vanize Claussen


31/03/82

PISCAR DE ESTRELAS

O verso respira,
Encanta palavras,
Engravida poesia
E persegue borboletas,
Entorna-se...
O feto balança,
Envolve, assume...
É quase um piscar de estrelas


Vanize Claussen

AMOR AZUL


Azul,
Sentir azul,
Que eleva dor,
Dor que não sente.
Semente azul
Na boca da lua
Que invade peito,
Prazer...
Como explodindo ventos
Transformando luz,
Luzes entornando.
A vida é vastidão
De encontros.
Brisa invadindo
Como guerra
Que acalma,
Eleva. É forma inteira
De amar azul.

Vanize Claussen


(03/05/1986)

AGORA

 O lugar é agora
Num tempo sem demora,
Que aproxima a hora,
De não mais despedir...
Ir...
Como pássaro voando,
Pousar na janela sem espera,
Deixar se levar no tempo...
Momento eterno...
Um vôo razante
Na razão de existir...
Aqui
Como teu amor,
Somente isto basta.

                Vanize Claussen

21/01/2004

BEIJO


O beijo é brisa,

lua é paz

que chega do ventre

e abre o peito, 

aconchego.

Não é ilusão,

mas vento

que passa de leve, 

não é fantasia,

é vida, explode

por amar demais.

Beijar no íntimo,

no casulo,

na cabeça...

É tudo reflexo

dessa paz

neste dia

de lua que esvazia.


Vanize Claussen

Postagem em destaque

O CAMINHANTE