O ponteiro do relógio
dispara,
transformando
as interlocuções internas,
em sementes.
O mundo apaixona-se
nas inteirezas descobertas
ao profundo túnel
em seu prórpio ser.
A porta abre-se,
desloca-se
e escancara seu valor.
Ainda é cedo
e o vento dedilha
nas pontas das árvores,
musicando a vida,
trazendo
em suas notas
a certeza da mudança.
Já não se é igual.
Os trocadilhos do caminho
amansaram sua bile
e o movimento do balanço
nas folhagens,
trazem,
apenas,
certeza.
Apesar da distração,
por certo período,
a visão retorna
ao coração fechado.
O lago,
espelhando,
no brilho da superfície
a sua profunda pureza,
alimentando,
por dentro,
suas muitas pequenas
formas de vida.
O horizonte abre-se
no azul-céu de nuvens rasas.
O caminhante,
desse tempo,
apenas observa a paisagem,
numa meditativa
formúla de insigths.
O corredor do tempo
em seu túnel mágico,
não espera,
nem observa,
apenas continua
sua natureza
de ser quem é.
O observador,
por si só,
alimenta-se
das ideias renascidas.
Ele desmascara
a corrente sanguínea
e segue seu caminho,
atrelado, em si,
no fluxo do agora.
Vanize Claussen
11/02/2023