terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TRÊS MESES


São pedaços de um tempo,
tempo perdido, talvez,
não sabemos,
ou laços realizados...
Imagem real de amor,
que existindo,
não se apaga,
mas é como fogo crepitando,
nem o carvão
pode extinguir o ardor.
Para sempre três meses,
de espera,
de latência,
engravidamento
que faz o aprendiz
evoluir em seu tempo,
no seu tormento de esperar,
que desespera na dor de ver
e torna a acalmar
no mar do encontro exasperante
de ainda não poder ficar.
Oh! Espera desesperante de amor!
Quanta luz! Quanta dor!
Muitos anos, tanto tempo...
E noventa dias esperar
a clareza de amar que acontece.
Vidas que não enxergavam
a beleza um do outro,
mas que num espaço real
se encontraram e,
a espera estão
do tempo de amor
pelo resto de suas vidas,
como se um pó mágico
os estivesse enfeitiçando
para não ficar,
já sendo algo forte,
além do norte
em seus corações.
São três meses de espera
latejando o sentimento,
da certeza clara de ficar
e eternizar a vida
na sensação de presença.

Vanize Claussen 9/12/2012

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