O curioso tempo
desbloqueia emoções.
O passado,
enclausurado,
nas vertigens,
se esvai e vibra,
precioso,
nas entrelinhas
do coração.
Sou a chama que bate,
Sou o desejo da fonte,
Sou a estrela dos anseios.
Me estendo
nas aclimatações,
de tantos medos,
esquecidos,
perdidos...
medos de criança,
que não sabe
o que tem,
no meio do escuro.
Percebo,
nas pequenas pausas,
que o amor
vence todas as batalhas.
Observando,
vou tecendo minha vida,
construindo,
pouco a pouco,
a identidade de ser.
Ainda invoco,
ao magnífico
e ao todo poderoso,
nesse universo infinito,
as certezas de estar aqui,
as incertezas de saber partir,
quando a hora chegar .
O movimento que faço
é igual doce de pote,
ainda se quer mais
para sentir o sabor.
Portanto,
vejo,
nas infinitas cores
de um pôr do sol,
as eternas experiências vividas
e as transformações
a todo vapor.
Também sou o esterco,
que a chuva molha
e faz nascer as plantas.
Sou a folhagem,
a aragem,
a ventania.
Quando preciso,
sou o riso.
Mas,
entre as linhas,
vou de tecido em tecido,
molhando minha alma de brisa,
cantando a arte da vida.
Vanize Claussen
18/02/2025
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