quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AH! O AMOR!

O que seria do amor se não fossem os incríveis 

altos....baixos que acontecem dentro em nós? É preciso não 

ser morno, mas viver o que o amor propõe...



Muitos e muitos ainda estão na busca do encontro, mas 


verdadeiramente o AMOR está dentro de nós.



Pode-se perceber que o outro nos ama, mas só podemos 


entender o amor que sentimos, pois o lado de lá é uma 


metáfora.

Se pudéssemos estar no coração do outro a ouvir, talvez a 



melodia fosse perfeita aos nossos ouvidos.

Ah! O Amor! Esse viajante misterioso do coração a embalar 


como canção a vida em nossos corpos tão mortais!


12/12/2012

Vanize Claussen

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TRÊS MESES


São pedaços de um tempo,
tempo perdido, talvez,
não sabemos,
ou laços realizados...
Imagem real de amor,
que existindo,
não se apaga,
mas é como fogo crepitando,
nem o carvão
pode extinguir o ardor.
Para sempre três meses,
de espera,
de latência,
engravidamento
que faz o aprendiz
evoluir em seu tempo,
no seu tormento de esperar,
que desespera na dor de ver
e torna a acalmar
no mar do encontro exasperante
de ainda não poder ficar.
Oh! Espera desesperante de amor!
Quanta luz! Quanta dor!
Muitos anos, tanto tempo...
E noventa dias esperar
a clareza de amar que acontece.
Vidas que não enxergavam
a beleza um do outro,
mas que num espaço real
se encontraram e,
a espera estão
do tempo de amor
pelo resto de suas vidas,
como se um pó mágico
os estivesse enfeitiçando
para não ficar,
já sendo algo forte,
além do norte
em seus corações.
São três meses de espera
latejando o sentimento,
da certeza clara de ficar
e eternizar a vida
na sensação de presença.

Vanize Claussen 9/12/2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PAISAGEM


Deito-me para amorenar
minha casca espiritual.
A natureza canta,
encanta com variados sons.
e no habitat dos animais,
encontro-me.
Sinto a variação
dos elementos coloridos
e a calma das águas.
Percebo meu corpo
envolvido na luz natural...
Busco espaço para encontrar,
naturalmente e
devolvo ao meu pensamento
a tranquilidade
ao meu olhar.
Contínua busca eternizada
em movimentos instantâneos
e fortalecida nesta paisagem.
25/05/2012
Vanize C. Corradini

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VÁCUO



Quero ter a visão da águia,
que em seu alto voo
busca o ninho mais precioso.
Quero estar livre de barreiras
e soterrar o que incomoda minh’alma.
Quero voar, libertar a emoção
e viver um amor sem limites.
Quero na profunda sabedoria
encontrar o verdadeiro anjo do amor,
que exala sinceridade
e fale a mesma linguagem.
Quero dormir tranquila
e ao seu lado sentir pura presença,
exalando luz e paz.
Quero uma alma que me aqueça
e em minha intimidade ser melhor.
Quero cabalisticamente encontrar esta parte
Separada de mim e m e unir,
em harmonia transcendental.
E nessa busca constante,
encontro e percebo:
- Os anjos de cima somente nos livram.
Sou grata, graciosamente feliz,
por livramentos intangíveis
e por curas inexplicáveis.
Agradeço a verdade que aparece,
Mesmo no desagrado de corroer meu coração,
já amando.
Agradeço pela vida, pela paz,
pelo vácuo que me faz olhar além de mim.
Vanize Claussen 18/06/12

LÍNGUA


                                                                          
Língua que fala e fere
É língua que não tem pudor
É felina, astuta e mata,
É língua que não tem amor.
Quer dizer, porém não diz,
Apenas se contradiz
No espetáculo que é falar
De qualquer maneira
Sem se importar.
E assim a língua assusta,
Afasta, atrapalha a convivência
E nos deixa sem clemência.
Mas o que fala a língua
Pode também ser de paz
E aumentar a auto-estima
Cada vez mais,
Só depende do coração
E da língua que tem emoção.

VANIZE CLAUSSEN CORRADINI
               21/07/2007

ÁGUAS DA IMAGINAÇÃO



Preciso estar em meu quarto,
sob o retrato
vivificado de amor.
Não posso
esconder-me do tempo,
nem ter um lamento,
apenas preciso cantar,
traçar letras no espaço
e sideralizar o tormento
de imagens distorcidas,
mas que sairão limpas
no sabor de teu beijo.
Teu afago em meu corpo
anestesia minha alma, e,
me faz lembrar
A esperança do amor.
Assim vou cantando
este movimento interno,
deixando falar,
me debulho de imagens,
me visto de palavras
e caminho sobre
águas da imaginação
ardida e quente,
como fogo,
incendiando o coração.
O amor nascendo,
num simples instante.

Vanize Claussen 05/08/2012

VENTO


Se meu voo fosse igual
a pipa que voa,
estaria voando
ao seu encontro
na esperança,
de mais uma vez,
ser chamada
a enamora-me de ti.
Mas a vida não espera,
corre alerta à todos os lados e,
desse jeito,
vamos trabalhando
na correria do vai e vem,
onde em pequenos momentos,
nos encontramos,
nos entorpecemos do amor.
Criador, criatura,
na faminta de arte
de amar e do amor.
Espetáculo de vida,
onde desabrocha a união
do amor mais puro!
E na rabiola balançando,
o espetáculo do encontro
entre céu e terra,
entre azul e mar,
na procura desesperada
do encontro fortuito
entre nuvens espaçadas
no vento de si mesmo.
Pregadores no varal,
balançando,
o telhado envidraçado
na busca de ver
e com clareza escolher:
fonte de iluminação,
paz, envolvente espaço
onde tudo é perfeito.

Vanize Claussen 

31/10/2010

domingo, 25 de novembro de 2012

CAMINHO DO MEIO



Saboreando a vida,
vou seguindo,
prestando atenção
a cada riso, cada som,
cada espetáculo
de pedaço de chão,
espaço de pessoas vivendo,
onde números, vozes,
andares, jogos, bonés,
damas e movimentos
de botão de mesa,
vão absorvendo
meu tempo de ver
os ensinamentos da vida,
que brotam na experiência
de busca constante,
expressão de vida,
onde tudo e nada
são a mesma coisa,
onde criança e adulto
se encontram
e o caminho do meio,
acontece.
Vanize Claussen 13/07/12

AZEDUME



Hoje o dia está com gosto
de fruta azeda,
e o amargo
soa como um estrondo
no coração...
Mas a consistência
é de aprendizado,
daqueles que metem medo,
mas fazem acontecer
a grande virada da vida.
E, nesse azedume,
estabeleço o fio do amor,
apesar do tombo,
sinto-me fortalecida,
espiritualmente em paz.
Rompeu-se a mentira
e instalou-se a verdade,
num turbilhão de imagens,
tão grandes, que tudo
vai passando devagar e, 
a força interior aumenta
profusamente, pacificamente,
restaurando todo meu ser vivo.
Vanize Claussen 18/06/12

VIDA


 O momento é de espera
que desespera e lateja,
faz dilacerar meu útero
como pedra batida.
É muito pouco estar, conter...
É preciso muito mais
para não esconder,
deixar o coração falar.
Tempo, aprendendo,
eterna construção de idéias,
formas diversas...
até a conclusão que não é total,
pois ao eterno está ligada.
Vida é... tudo isso vida,
que desabrocha, que espelha
e vai saindo da boca do estômago
até o final das córneas.

Vanize Claussen 28/11/1987

(Quando mais precisamos estar com alguém, ele desaparece, pois o sentido é estar em si mesmo)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

GOTAS



O vidro reflete o brilho de gotas,

estilantes,

onde,

através da janela,

os olhos d’água

incendeiam a noite

de se ver, em luzes,

nos prédios em frente.

O poste,

com seu farol

reluzente,

também acenam

gotas deslumbradas

de sol,

onde o poema

distorce pra cantar

na chuva que aquece

meu pensar.

Ah! Delícia de tempo!


Vanize Claussen 

12/07/12

domingo, 28 de outubro de 2012

A TELA


Me deixo levar
nas águas da imaginação,
procurando não conter
as palavras que percebo.
Deixo fluir de mim
tudo aquilo que sou.
Sou vento, terra,
água e sol...
A cortina se abre
no espetáculo do que sou.
Percebo as linhas,
já não são mais confusas,
se dissolvem de alegria
pelo encontro de si mesma.
O céu se abre em versos
onde acontece,
na tomada do tempo,
a tempestade de idéias.
A criação vem a galope
e fazer já se torna
algo visível e palpável.
 Posso sentir
a imaginação
se transformando
em realidade,
basta apenas experimentar
o gosto do prazer
nas cores reluzentes
tombadas na tela.
O amor acontece
e somos feitos um do outro.
Elemento por elemento
se misturando em tintas
num quadro sem mistura.
A composição transforma,
num leve movimento,
toda caminhada de uma vida.
Agora é o prazer de pintar
E ser completamente feliz.

Vanize Claussen 
01/11/2010



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PAIXÃO & AMOR


A paixão arde,

Sufoca, queima.

O amor acalma,

Esquenta, aproxima.

Quando apaixonados

Somos flecha suicida do amor,

Quando amando

Somos fogo interior de vida,

Onde nada abala.

A paixão nos desatina,

deprime, transforma...

Algo desconhecido, fora de controle.

Não enxergamos, a não ser,

Nosso alvo.

O amor sustenta,

Mesmo na distância,

Como a flor que não se importa

Com o frio do inverno.

A paixão quer mais,

Se não tiver, se irrita.

O amor fica em paz por amar,

 Não se detém em porta alguma,

Vai passando de fininho,

Devagar vai chegando.

A paixão arrasa, desaba, destrói

O que vê pela frente,

Enquanto não realiza seu fomento.

O amor nos salva, liberta as impurezas, traz felicidade.

Mesmo sem ter o que almeja.

Paixão e amor,

Sentimentos contrários,

Destinados a fins diferentes

E sobreviventes da humanidade até hoje.

12/06/2012

Vanize C. Corradini

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TRANSBORDAR




Mulheres,
homens,
Vegetais ou não,
São simples,
Matéria viva
Que transbordam
Do outro lado
do ar...
       doar...
              do ar...
                     doar...

Vanize Claussen

CHUVA




Dentro
dos
meus
olhos existe
uma chuva,
que aguenta
com ela mesma
por que
existe.

Vanize Claussen

(Este Haicai faz parte da Agenda 2013 All Print Editora)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A OBRA


Vejo sobre a tela
A incerteza protagonista
Do amor,
Onde pedaços se rompem,
Cruzam e libertam
Profundezas da alma.
Nas curvas velozes
São injetadas cores,
Milhares delas fluem
Na superfície texturizada,
Formando poderosa proteção
De uma alma que reluz.
Ambiente gracificado, 
Resplandecido de êxtase,
Obra repleta, iluminada
De sabor com pedaços
Do lixo urbano,
Numa aventura,
Indescritível,
De música,
Como se cantasse.

Vanize Claussen Corradini

(Poesia dedicada a exposição dos trabalhos dos irmãos campana – CCBB/RJ 17/03/2012)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

EXPERIMENTAR

Experimento, 
tempo de chuva, 
calor das cobertas, 
risos na vizinhança... 
Música sertaneja fora do quarto,
 filha no computador. 
Mãe enrolada nas cobertas, absorta, 
as vozes da televisão.
 Água caindo forte, 
carros passando na rua. 
No aconchego do lar,
 na cama, escrevo, 
dissolvo palavras que me vêm a mente. 
Chá quente ao meu lado,
 na mesa de cabeceira,
 anestesia minha vontade
 de experimentar estrelas neste poema. 

 Vanize Claussen
 17/03/2012

ESCREVO

Na verdade escrevo, 
com alma, 
a calma que percebo da vida, 
nos deslizares do amor; 
o que recrio na forma 
de fazer poemas
 e encher o íntimo, 
soltando linhas
 buscando coração.
 Escrevo apenas,
 como canção.

 Vanize C. Corradini 17/03/2012

PERCEPÇÃO

Que eu encontre em você, 
mesmo na distância, 
na epiderme de alma,
 as linhas deste poema. 
E quando me fala em ‘calma’
 que seja arrebatador
 o pulsar do gozo, 
que anestesia meu corpo.
 Que seja leve o sopro
 no sonho da vida, 
mas que intenso fique
 em nossa percepção. 

Vanize Claussen 
 17/03/2012

SEDE

As folhas secas,
 os passos largos
 e a certeza do afago, 
e o calor do sol.
 Na floresta o poço, 
lugar de querer ficar a banhar-se, 
onde borboletas
 irradiam asas voadoras
 num colorido mágico,
 e o brilho reflete
 a luz do dia
 num poema vivo
 da água a molhar meu corpo, 
sedento, 
de natureza. 

Vanize Claussen
 17/03/2012

Cachoeira dos Frades - Teresópolis/RJ

HUMANO INTANGÍVEL

Como música, 
existe o toque, 
aquele que exala, 
expande a alma
 ao universo íntimo.
 Apena há encontro,
 onde, 
sem interferência, 
se deixa abstrair 
para a viagem profunda.
 Ah! Esse céu de imagens! 
Tudo transformando-se 
 e rapidamente evoluindo! 
O passo foi dado,
 fortificando ossos da imaginação,
 onde tudo é extremamente sagrado,
 e, o toque da criação nos transforma
 e acalanta em seu colo, 
para fluir no som profundo
 da imagem intangível de ser humano. 

 Vanize Claussen 
06/10/2012

Postagem em destaque

O CAMINHANTE