quinta-feira, 17 de novembro de 2016

LIMPEZA DE ALMA

A água 
limpando vai,
dissolvendo estacas,
vai passando
sobre tudo,
descortinando o véu.
Saltitando em gotículas,
vai entornando 
saboroso teor de brilho.
A luz anestesia,
vai tomando
transparência,
invadindo o coração.
São centelhas vertidas
no cálice de verdades,
onde a capacidade,
ainda intuitiva,
comanda
a paranormalidade
de seu sabor de ser
apenas 
limpeza de alma.



17/11/2016



domingo, 13 de novembro de 2016

ALÉM MAR

Na concepção do tempo
que aquece o vento
somos flutuantes,
intactos de desejos.
Fundamentos
nas areias da praia,
cores cantantes,
de cangas,
onde o valor,
além-mar,
encontra-se
n'alma,
cada um nessa busca.
E o tempo exalando
forças do amor
na busca de nós.
Aprendizado
de solidarizar
o movimento do tempo,
aqui e agora.

Vanize Claussen
12/08/2016


EXPERIMENTO HUMANO

O vento vira,
na virada
dá cambalhota no ar.
Vamos olhando...
Quantas vezes não vemos!
Formação de dizeres
que nada dizem,
sem dizer nada, 
as pessoas
que derivam em naus,
sem a noção elétrica,
vida que os percorre.
Mas, 
as crianças,
que derivam
dos anjos do amor,
podem expressar
na sua leveza
a inocência de ser.
Adultos,
vão perdendo, 
crianças vão trazendo.
E na simplicidade,
observamos,
esse lindo 
Experimento Humano!
Desembocando
num rio de imagens
que vão se perdendo
com o crescimento corporal
e o achatamento 
mental-emocional
que o ser humano sofre.
Ah! Vida! 
Delicadas funções
para aprender!

Vanize Claussen
15/02/2012



MUNDO DIVINAL

Suave ruído
do mar,
ondas soltando
seus leves traços
espumantes.
Ao longe,
passos,
descansando ao léu,
no olhar natural
do azul céu.
Na linha do horizonte
nuvens leves
dissolvendo o destino,
traços montanhescos
do litoral.
Olhar acima
e o estado-nuvescal
em transformação,
desenho branco,
enorme pássaro
no ar azul.
Bumerangue
que desata nós,
restaurando imagens,
onde raros humanos
olham.
Feixes de vegetação,
ao redor
dessa água cristalina.
E, somente
no fluir da surpresa
somos etéreos,
moradores físicos,
desse Mundo Divinal.

Vanize Claussen
13/02/2013




O POETA

O poeta
é o grande 
descobridor
do que vê,
ao redor,
das essências,
dentro.
O poeta 
é o vento
de ventar
em si mesmo,
como dança
nas águas do mar.
Ah! Ser gigante,
de escrever almas!
Quanta luz!
Quanta paz!
Fazendo e desfazendo
nas brisas mentais
a sensação das entranhas!

Vanize Claussen
13/02/2013


FAÍSCA DO AMOR

No desabafo da alma,
o encontro,
o mais precioso,
parte da intimidade,
veracidade interior
que fascina,
aquele,
que da leitura
recebe a imensidão
de imagens,
verdadeiras guerreiras
contra fortalezas
televisivas e digitais.
Ah! Delícia de experimento!
Falar de dentro
o que se vê fora!
Entornar na essência
de ser apenas
a vibrante Faísca do amor!

Vanize Claussen
13/02/2013


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

FLORAÇÃO

A floração,
dentro,
aquece sentidos,
ver é estação.
Sobrevoa a luz,
transformação.
Imagens,
brilhos,
água,
cores.
Sorrateiramente
invadindo a canção.
Céu azul-colorido,
vento à proa,
rosto sedento,
de imagens,
tempo paralisado.
Os contornos
da montanha,
paisagem delineada,
memória calada.
Momento único,
sentidos aguçados.
Lembrança real
para o agora.
Esperança,
mudança breve,
nas entranhas corporais
e espirituais.
Ação da criação.
Alegria de visão.
Contentamento.

Vanize Claussen
09/04/2016


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O CAMINHANTE