sexta-feira, 26 de agosto de 2016

FRAGRÂNCIA PERDIDA

Os rótulos
queimados e rotos,
envolviam
discrepâncias
de um ouvido surdo.
O que se dizia mudo,
alterava em palavras
visões de outrem,
fazendo imaginar
coisas de sua mente.
Insanamente,
num tom discreto,
colhia situações,
desenvolvia opções.
A noção perdida,
despida na sua
própria trama.
O desejo jogado,
fadado ao clima.
Tempo de não ver.
Incendiando,
entediado,
forçava esquecer.
mas a agulha,
palheiro inquieto,
o fazia ver, reviver.
O choro da perda,
imposição interrompida
da fragrância perdida.

Vanize Claussen
09/08/2016



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

FORTALEZA INTUITIVA

Nas discordâncias da vida,
somos frutos
de um caminho,
onde idéias brotam
inteiramente
na mente,
realizando cores,
amores
que de uma vida
se encontram
mas não conseguem se unir.
Por enquanto...
Mas a imagem
entontece,
pelo grau da graça,
uma luz envolve
e traz a tona
a verdade.
Iluminação em imagens,
que do amor,
acontecendo,
mesmo longe,
fortalece a alma
e desvanece
em brisa, luz
e ação física.
Mais cedo ou tarde,
acontecerá,
tremulo,
em bases de pedra,
que da rocha 
amplia a paisagem
à uma vida praiana,
à uma vida serrana.
Fortaleza intuitiva
de mensagem divinal
que transcorre
em minhas mãos,
numa forma de luz,
vibrante de certeza
que o que lá habita
aqui também está.

Vanize Claussen
13/02/2013




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

VIBRAÇÃO

Hoje,
desatino as corredeiras do tempo,
invoco entoações distantes
de brisa, céu e mar,
cantando discretos ensejos
de permanência indescritível,
na descomunal
impermanência de tudo.
Os raios azuis cintilantes,
regressam em versos
ao plasmático mundo
das minhocas cerebrais inquietas.
Dissolvo as crisálidas
das espessas nuvens
que descobertam a vida,
onde à deriva se foi
estonteante, cantante,
num factual solfejo
de palavrinhas soltas.
Ah! Tempero insano!
Onde o espaço profundo
segue segundos, desejos
de correr e parar,
olhar e divagar,
expandir na complacência
dessa ausência inquietante
as solturas onduladas
da alma vibracional
encantando o prazer,
rubra de contemplação.
E, nos meios,
nos anseios de estar,
descortinando a água,
o corpo quente,
nos fractais desenhados,
revivo a placenta,
intensamente renovo
o olhar da eternidade,
o sabor das uvas,
que dos vinhedos,
perfume trazem,
catarse-ando o amor.
Olho e vejo.

Vanize Claussen
19/03/2016


quarta-feira, 20 de julho de 2016

FONTE DOS DESEJOS

Conversando,
um olhar passeando,
pela alma,
entrando.
As levezas
chegando...
são fagulhas
de paz,
amor reciproco,
ingenuamente feliz.
O vento é brisa,
iluminação,
partículas de vontades,
toques sem maldade,
apenas sentir,
presença.
Aliança eternificada
na saudação ao sol
dos corações.
Restauração,
arrumação de gavetas,
antes mortas.
Modificações energéticas,
alegrias intensificadas,
colorido sem fim,
cores além do existir.
Junção eletrônica
que afeta o ambiente.
São centelhas divinais
acossando as entranhas,
numa formatação real,
digital,
intensa.
Tubo mágico 
de alegrias divinas,
resgate de amor,
onde,
intocada,
segue de pés descalços
num vôo real,
essência.
Transformação,
momentos
em movimentos,
vida,
boboleteando imagens
e agradecendo a
fonte de desejos.

Vanize Claussen
20/07/2016


sexta-feira, 15 de julho de 2016

CAMINHO ABERTO

Sorvo,
no beijo de teu olhar,
tuas carícias quentes.
E, na mansidão,
de tua boca úmida,
derreto-me em versos.
Acordo ao jantar
de tuas mãos inquietas
a vagar em meu corpo.
Percebo-me
inteiramente vestida
ao teu olhar,
princesa-mulher.
O tormento foi-se.
Abro-me como flor
para derramar-me
e receber amor.
O tempo é temperatura,
quente presságio
de nossos corpos juntos.
O caminho está aberto,
revestido de delícias,
leves e loucas,
dessas que dão
água na boca!
Agora, 
vivemos intenção,
doce e pura,
nessa forma de amar.

Vanize Claussen
15/07/2016



CORPO QUENTE

Deito-me...
ao teu lado observo
as brisas do inverno.
Fagulhas de brilho
a me tomar,
dentro.
Experimento paz.
Absorvo soluções
pelas tuas mãos
de artista.
Pintura sem igual!
Observo teu dedilhar...
as cordas vibrantes,
esvoaçando alma,
cantam em mim.
Já, sem medo,
deixo felicidade
passear
e respiro sutilmente,
alegria.
As luzes estão acesas,
o filme passando,
sua boca me tomando
no tom e saliva quente.
Ah! Como quero me perder
nesse seu corpo quente!


Vanize Claussen

15/07/2016



domingo, 3 de julho de 2016

SER LUZ

Os ventos sopram
sem correntezas,
discreto apita
rumo a seguir em frente.
Já não existe medo,
mas um acordar,
onde a criança,
que dormia,
alegra-se pela manhã
de setembro.
E no saltitar
do sol aquecendo
o frio,
vagueio em pensamentos
olhando as flores
da janela.
Ouço os pássaros,
que alegres,
cantam a vida.
Percebo o pulsar,
de Deus,
acordando comigo.
Observo 
as inexatidões passadas
e lavo-me
de brisa e cor.
Visto-me de presença
e deixo-me ser feliz.

Vanize Claussen
28/09/2013



sábado, 2 de julho de 2016

CRISÁLIDAS

Na memória
corroboro as dissensões
das imagens.
Atrás,
o termômetro,
tempo líquido,
mercúrio vivo
no experimento
das lembranças,
onde aprendiz
com aprendizado,
encaixotam
nas lentes de contato,
a vergonha e insanidade.
Momento enigma,
construção, cimento.
Montanhas crisálidas,
paralisadas no azul-tempo
de ver nublado
a instância obesa
da ideia manipuladora
por quilômetros...
Observo, olho, percebo,
escrevo nas metáforas,
os abrolhos escondidos,
contidos na timidez
da alma encolhida;
a vida que me passa,
perpassa e está.
Vivo e viva!

Vanize Claussen
10/03/2016


FLORESCIMENTO

Amanhecimento,
discreto embalo
de carícias ventais
em insoluções.
Nuvens cálidas,
ensombreadas
de carícias de azul-céu.
Corporificando o sol,
a epiderme atenta,
passeando nas células
"calientes" de vigor.
Os poros respirantes,
enevoados de branquitude,
apaziguados de calor,
derretem, espalham,
nas delícias intermitentes,
sol.
A planificação,
carregante,
espalha roupas
e seus pendurucalhos,
estendidas,
qual calmaria...
O balanceante
dos seus leves estruturais
tecidos,
reclamando secagem.
Apenas mórbido silêncio,
estação rota de sons
de carros na avenida,
florescendo idéias.

Vanize Claussen
20/03/2016







DESEJO

Aterro,
na volúpia do prazer,
calmaria.
Espera de não esperar,
prantificando promessas.
Rebelião internamente,
controlando vontades.
Sonho além mar...
E, abundantemente,
descrevendo próspera,
sua escrita atmosférica,
na profundeza 
das solidificações
interrompidas,
fugace pasmificação,
dos saboreantes anseios,
abrindo e tanspassando
em presença,
nas centelhas discretas,
divinais realizações,
agora.
Somatização cantarolando,
pássaros.
Voo raso no mole sabor
de entranhas uterais de vida.
Passeante desejo,
extrapolando
nas incertas solidões,
o amor divino.

Vanize Claussen
20/03/2016




ELA/ELE

Percorrendo veias,
escritas na imaginação
de entrelinhas viscerais,
fomento de amor,
harmonização do prazer.
Tendo e não,
cariciantes percepções,
toques dilacerando, 
transparência aos pés.
O chinelo verde-folha,
consoando com o chá
de passageiras lembranças,
futuramente aqui.
Piso preto e branco,
carmim à boca,
delineante em versos,
úmidos.
A mulher,
andarilha louca,
presença,
entre árvores,
dentro de cristais,
sobre a água,
correndo ao vento,
anestesiada de prazer,
divinamente,
encantamento,
presença.
Útero de luz,
translúcida imagem
onde homem,
amor divinal,
saboreia-lhe,
apenas corpo-imagem.
E, 
no detalhamento enigmático,
de sua profundidade-alma,
túneis mentais,
corporais,
intelectuais, etc.
Passa-lhe,
apenas,
num raridade insana,
penas,
por fora,
casca.
No futuro,
talvez,
os versos mostrem,
exalem,
sua insanidade de procura.
Ela,
contínua,
continua descortinando,
imagens,
fotografias,
palavras,
poesia.
Ele,
paralisou no tempo.

Vanize Claussen
20/03/2016




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