segunda-feira, 11 de abril de 2016

FLORAÇÃO

A floração,
dentro,
aquece sentidos.
Ver é estação.
Sobrevoa a luz,
transformação.
Imagens,
brilhos,
água,
cores.
Sorrateiramente
invadindo a canção.
Céu-azul-colorido,
vento à proa,
rosto sedento
de imagens,
tempo paralisado.
Os contornos
da montanha,
paisagem delineada,
memória calada.
Momento único,
sentidos aguçados,
lembrança real
para o agora.
Esperança,
mudança breve,
nas entranhas 
corporais e espirituais.
Ação da criação.
Alegria de visão,
contentamento.

Vanize Claussen
09/04/2016


quinta-feira, 7 de abril de 2016

TRANSPARÊNCIA

Vento, folha, céu e mar...
Tudo isso provocando
uma extensão de mim.
Verdade intensa
numa paisagem
co- criadora do que sou.
Voo além do céu,
que incendeia,
incandesce,
acalma e liberta,
a alma
de tantos anseios.
Além daqui,
dimensões infinitas
aguardando o recolhimento.
Saltam desejos
de amar,
viagem de cores
pululando imagens,
perdidas,
querendo mais.
E na busca constante,
vamos dissolvendo cantares
em olhares de alma.
Transparência de luz.

Vanize Claussen
28/06/2011


COMPOSIÇÃO DE IDÉIAS

Burburinho,
frases soltas,
sons perdidos,
lentos...
Tão distante e perto,
indo além 
do que penso 
ou sei.
Imensidade de pensamentos,
ressaltam imagens,
pedaços articulados
da infância.
Gratidão e mensagens
que invocam certezas,
peças,
 de um quebra-cabeça,
infinito,
eterno.
E a visão? E depois?
Onde estaremos?
Detalhes apenas
de corpos no mundo,
aprendendo,
ensinando,
descobrindo mistérios.
Composição de idéias
que retornam
há um presente longe...
passando,
os olhos observam,
ouvidos atentos,
ruminando.

Vanize Claussen
28/06/2011


FASCÍNIO

Nada me prende,
tudo me fascina.
Sou andarilha da vida
e vou sair, 
voar
sobre a rotina,
descobrir o mundo
na viagem,
abstraindo do bem
para amar.
Apenas buscando,
 incessantemente,
a resposta.
Proposta tentadora
de construção,
parte em terra,
outra ar.
Culminância,
história,
certeza de encontrar,
fascínio de viver.

Vanize Claussen
28/06/2011


terça-feira, 8 de março de 2016

RETRATO

Solto-me,
disfarço o traço,
fotografo a vida,
percorrendo o tempo.
Dissolvo,
retrato,
paisagem,
contentamento...
Sorvo o vento,
dentro,
alma purificada,
mergulhada,
água salgada.
Contínua imagem,
fotografia paralisada,
tempo, templo,
passagem.
Movimento interno,
externo recado,
traço leve,
solto,
intenso,
para sempre
volitante de luz,
brilhante de paz.
Vida,
consciência,
temor, tremor,
latente amparo,
ação divinal,
restauração.
Parada,
caminho,
presença,
DEUS.
Gratidão.

Vanize Claussen
08/03/2016



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BRILHANTE

Nos octógonos brilhantes,
reluz a vida,
semelhança de existir.
Prateados cordões,
evasões de poesia
nas entranhas da alma,
calma.
Romarias infinitas
de versos sem medo,
discussão latente
e subterfúgios iguais.
São retratos,
pessoas,
passagens inquietas,
brilhantes, 
sem fim...
O mar interno
grita de suor 
extenso de prazer,
divinal tempo.
São colchões redondos,
faíscas de rosas,
temperança de gotas,
reluzentes destinos,
aproximam-se,
reagem ao toque,
se olham,
reagem,
disfarçam,
entendem...
A luz amacia o corpo,
brilhante de emoção.
Tempo de estar junto,
chegando,
ficando,
alterando em amor,
as perdas da vida.
Agora,
somente silêncio,
eternamente presença.

Vanize Claussen
24/02/2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

COLHEITA

Na vida,
colhemos,
plantamos,
recolhemos,
retratamos,
alertamos,
dissolvemos,
das entranhas,
da alma
o que merecemos.
Assim,
seguindo,
no vértice das
membranas caóticas
humanas,
vamos absorvendo,
retraindo,
respirando,
recriando
o prazer de continuar.
Sem lugar,
com espaço,
no temporal,
no amasso
da corredeira pasma,
do amor embotado,
curvado,
 do homem escondido,
ferido,
retraído em si mesmo.
Desorientação,
armação imaginada,
corrupção delatada,
aos que o acolhem,
que lhe abrigam,
fazendo em si,
aos outros,
a mentira que vive
em si mesmo,
a si mesmo,
envolvendo 
ao seu redor,
sua dor de perda.
Perdição,
imaginação,
criação espontânea,
de vestir nada,
dizendo de Deus,
cantando promessas,
ainda sem crê-las,
sem fazer 
o que o trouxe.
Ah! Tempo de colheita!
Insanidade ver,
verdade nua e crua:
anoitecer de amizade,
escuridão,
evasão,
dissolução.
Sempre?
Deus trará
a resposta.
Amém.

Vanize Claussen
19/02/2016





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