quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BRILHANTE

Nos octógonos brilhantes,
reluz a vida,
semelhança de existir.
Prateados cordões,
evasões de poesia
nas entranhas da alma,
calma.
Romarias infinitas
de versos sem medo,
discussão latente
e subterfúgios iguais.
São retratos,
pessoas,
passagens inquietas,
brilhantes, 
sem fim...
O mar interno
grita de suor 
extenso de prazer,
divinal tempo.
São colchões redondos,
faíscas de rosas,
temperança de gotas,
reluzentes destinos,
aproximam-se,
reagem ao toque,
se olham,
reagem,
disfarçam,
entendem...
A luz amacia o corpo,
brilhante de emoção.
Tempo de estar junto,
chegando,
ficando,
alterando em amor,
as perdas da vida.
Agora,
somente silêncio,
eternamente presença.

Vanize Claussen
24/02/2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

COLHEITA

Na vida,
colhemos,
plantamos,
recolhemos,
retratamos,
alertamos,
dissolvemos,
das entranhas,
da alma
o que merecemos.
Assim,
seguindo,
no vértice das
membranas caóticas
humanas,
vamos absorvendo,
retraindo,
respirando,
recriando
o prazer de continuar.
Sem lugar,
com espaço,
no temporal,
no amasso
da corredeira pasma,
do amor embotado,
curvado,
 do homem escondido,
ferido,
retraído em si mesmo.
Desorientação,
armação imaginada,
corrupção delatada,
aos que o acolhem,
que lhe abrigam,
fazendo em si,
aos outros,
a mentira que vive
em si mesmo,
a si mesmo,
envolvendo 
ao seu redor,
sua dor de perda.
Perdição,
imaginação,
criação espontânea,
de vestir nada,
dizendo de Deus,
cantando promessas,
ainda sem crê-las,
sem fazer 
o que o trouxe.
Ah! Tempo de colheita!
Insanidade ver,
verdade nua e crua:
anoitecer de amizade,
escuridão,
evasão,
dissolução.
Sempre?
Deus trará
a resposta.
Amém.

Vanize Claussen
19/02/2016





domingo, 14 de fevereiro de 2016

NATUREZA

Água,
encantamento,
borbulhas,
luz.
Invasão,
dentro,
alma atenta,
visões infinitas,
sons inquietos,
por todos 
os lados,
sons,
água,
verde folha,
verde chá,
verdejante
tempo de ficar.
Constelação
de imagens,
natureza,
certeza de presença.
Criador e criatura,
unidos ali,
totalmente integrados,
totalmente ligados,
interligados
ao natural da vida,
aqui na terra-mãe.
Física,
quântica,
semântica,
estar,
perceber,
integração,
interligação,
entrelaçamentos,
solturas,
verdades íntimas
com Ele, o Pai.
Tremendo,
tremor,
alegria,
fogo divino,
água pura,
alegria,
amor.
Direito divino,
chegando,
em cada instante,
em cada pedaço
de presente,
passagem humana,
aqui.

Vanize Claussen
14/02/2016





domingo, 7 de fevereiro de 2016

ILUMINAR

Ausência,
reflexão de imagens
cantadas dentro,
onde somente
nossa essência individual,
pode saber.
Solicitude
e solidão?
Pegada
e largada?
Mordendo
e assoprando?
Madureza feminina,
sabendo nas entranhas,
a centelha intuitiva,
da maravilha mental.
Dissoluta,
faceira,
companheira,
matreira,
guerreira,
essa mulher.
As aves lhe tocam,
n'alma,
onde na visão,
talvez de águia,
simplifique,
codifique,
reorganize idéias.
A natureza 
lhe chama,
proclama,
entoando vibração,
ação escrita,
verbal.
Dançante vestido,
rodado de rendas,
rosado de sol,
flores na cabeça.
Centelha divina,
cantando em seu 
ventre de luz,
que ilumina
quem lhe toca,
não a pele, 
mas o essencial.
Ser doce,
primeiramente,
sorrateira,
depois de percebido
o enigmático
mundo do dissoluto 
ser aguçado,
entremeado de imagens,
que ao pó retornarão,
como toda nossa vida.
Iluminação,
construção,
caminhada,
subida.
Todos os seres,
num farfalhar,
juntamente
com os engui-os,
retornarão a raiz mãe.
Força planeta Terra,
força amados irmãos!

Vanize Claussen
07/02/2016




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

SENTIDOS DE SENTIR

O sentido de sentir
fica sem sentido,
quando o maior sentido
é sentir.
Estar aqui é sentir,
através do corpo,
juntamente à alma,
os sentidos de sentir.
Iluminação,
transformação,
coerência de estar
sem estar.
Passageiro,
eterno,
sentir,
aqui ou lá.
Captação de memória,
antes,
durante,
depois.
Flashs da história,
epsódios almais,
mentais,
corporais,
indescritíveis,
intangíveis,
alguns tangíveis,
inanimados,
animados.
Parâmetros 
discretos,
indiscretos
sonhos reais.
Toque alma,
calma corporal,
etérea,
 sensual,
divagações,
imaginação
ou vivência 
do lado astral?
Presença real,
na imagem fictícia,
ou na vida além daqui,
onde existem,
com certeza,
uma natureza sutil,
livre de massa corpórea, física?
Sentimentos,
evocações,
limpeza,
massagem,
almificação de tempo
onde a vida só começa,
sem lamento,
apenas percepção instantânea
do toque de amor.
Sentir dos sentidos
na dimensão da pureza,
na calma da alma,
apenas sentir.

Vanize Claussen
04/02/2016


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

ESPELHO

Contorno,
no traço vago
do quadril,
tranças violinísticas,
trampolim mágico,
sonho enigmático,
transparência,
harmonia,
viagem,
movimento
vagando dentro.
Aquarelas,
na querelas
do traço mágico,
toque discreto,
lampejo d'alma,
onde a calma,
misteriosa centelha,
retrata inquieta
as cores sorrateiras,
dos olhares
das mãos.
Borboleteando,
no compasso,
andarilho insano,
a luz tocando,
o corpo nudificado
de prazer
com a lua.
Apenas traçado,
apenas luminosidade,
face aquarelada,
e toque divinal.
Espelho,
retrato,
paisagem noturna,
invasão de amor.

Vanize Claussen
03/02/2016




domingo, 31 de janeiro de 2016

CAMINHO

Você me olha,
te olho,
me percebe,
te percebo.
Quando existe 
a troca,
a fala,
vontade,
tudo funciona.
Quando há distração,
tudo esvai.
Silêncio,
sempre.
Falta de comunicação,
jamais.
Extraio vontades,
dispenso a falta.
Caminho à frente,
descanso a mente
e o contínuo abraçar
vai latente.
Assim sou,
se der vou,
caso não,
afasto a brisa,
disfarço a dor.
Doação de amor,
sempre,
para quem quer receber,
caso contrário,
despedaçadamente,
ando à frente,
vou.
Porém,
sem dor,
apenas sigo,
o significado
do que ficou
e do que sou,
sendo construção
a cada instante,
latente,
presente.
Gratuitamente,
a vida,
gratidão sempre,
por tudo que acontece.
Leveza na mente,
paz no coração,
pois a doença chega,
quando nos fechamos,
quando não falamos,
quando expulsamos
o que faz girar
a roda da vida:
o amor.
Solidão tem hora,
ficar juntos também.
Então agora,
estou aqui...
Percebendo,
resolvendo,
nas entranhas da alma,
o coração.
Amizade,
que fala verdade, 
do que sente.
Amigos aceitam,
reagem e brigam,
se necessário,
mas serão sempre,
eternamente amigos.
Amores de poder,
querer ter,
se vão,
esquecidos.
Guardadas experiências,
aprendizados.
Você é único,
eu única.
quando cativados,
responsável somos,
temos ligação,
mesmo que de passagem,
nesta terra humana.
As ligações são do Pai,
que permitiu esse encontro.
Deixo aqui a certeza,
que nada acontece por acaso.
Sigo,
Signo,
significado,
frente ao entendimento,
que a criação,
em movimento,
atrai vida.
Natureza é beleza,
ser natural, idem.
Somos imagem,
semelhantes,
semelhança
do criador.
E sempre existe saudade,
do que éramos,
do que passou
e o gostinho que ficou.
Adocicado com uma pitada,
de pimenta,
o presente,
que virou passado, 
passagens de alegrias, 
lembradas, 
guardadas,
risadas,
para sempre,
dentro de nós dois.
Você fez e faz diferença,
mesmo sem perceber,
seu valor é imenso,
não é material,
financeiramente falando,
e nada e ninguém
pode tirar sua alegria
se você consegue amar de verdade.
Vejo que estou em construção,
todos os dias...
você também está.
todos estamos aprendendo:
O caminho.
Hoje,
depois dessa breve experiência,
diante do que é  a eternidade,
faço esta reflexão e te envio,
de alma para alma.
Sem receio,
porque tudo que tem de ser, é.
Tudo que precisamos está vindo
em nossa direção 
ou estamos indo em sua direção.
Reclamações, para que?
A vida é o que tem de ser,
com nosso esforço fazemos
coisas imensas,
trabalhos inimagináveis,
para muitos.
Cada um com seu dom,
seguindo o caminho,
traçado por Papai.
Assim vejo, 
assim sigo, 
entendendo
o silêncio que amo.
Beijos no coração.
Até breve
amigo - amado - irmão.

Vanize Claussen
29/05/2019




terça-feira, 26 de janeiro de 2016

CAMINHADA

Transição,
passagem,
esfumaçada no tempo,
viagem,
de não ver,
para ser.
O que ser afinal?
Transparência,
verdade,
maturidade,
inquieta semelhança
de busca.
Criação,
natureza,
vereda aberta
de caminhadas,
subidas,
descidas,
escaladas.
Mas e o tempo?
Insano desejo,
voltar a viajar...
não ir a lugar algum,
descompensar.
Mas a vida,
andarilha densa
de sentir,
pipoca internalizada,
dentro do corpo,
arredio de toque,
de prazer.
Compensação
no ato,
viajar de fato,
para as chapadas,
diamantes,
serras distantes,
corações separados,
juntos encantados
de visão além daqui.
Traiçoeira estação,
trabalhar insano,
ostentar dinheiro,
cheiro podre,
capitalismo
regado de enxofre.
Mas o remédio
está no tempo,
onde ver acontece
dentro.
Já sem ansiedade,
que seja a criação
de acordo 
com o Criador,
sem dor,
movimentação,
até breve,
amigo de jornada.
Levanto a bandeira,
carrego vitória,
caminho à frente,
pois a fartura,
do tamanho desejo,
dissolvida,
resolve seguir viagem.
Cantando o destino,
do que precisa.
Pois o que dela precisa,
também ela precisa.
Seguir, 
somente isso,
basta à alma 
que observa o presente.
Gratidão,
sentir,
evoluir,
todos os dias,
 caminhante vou.

Vanize Claussen
26/01/2016



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