terça-feira, 12 de janeiro de 2016

COLINA

Onde estão as corredeiras?
Calcário e areia,
chegando,
subindo a colina.
As asas sobrevoam,
vemos as estrelas,
a fênix,
cor rubra, 
alaranjada,
tecido de espuma,
fortaleza de paz.

Vanize Claussen
12/01/2016

VIDA

Vida,
mistério divino.
O criador,
sua criação.
Somos pequenos,
criaturas.
Amor,
evolução.

Vanize Claussen
12/01/2016


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FORTALEZA DIVINA

A centelha divina,
expandida está.
Fomentando amor,
esvaindo em brisa,
oração.
Cantante fortaleza,
de estar em paz...
paz interior.
O amor elegantizando,
saltando para criar-se
divinal certeza.
Quanto tempo passou!
Certeza
de borboletas voantes,
num coração arregaçado,
idéias divinas,
entoando música.
Soluções intrigantes
num misterioso caminho,
onde tudo fluidifica-se
na perfeição do amor.
A fórmula está pronta,
o caminho aberto
e as certezas expandidas,
na incerteza do tempo.
Elementos inexatos,
mistério extenso:
A vida.

Vanize Claussen
30/12/2015


ONDE?

A moça sentada
No beiral da loja.
O pisca alerta ligado.
Os corredores na rua.
O menino na bicicleta.
O mulher ao celular,
Outra carregando compras.
O Natal chegando.
Luzes acesas,
Pessoas nas ruas, nuas....
Elementos intactos,
Dissolventes...
Civilizatório, 
descrédito,
Impugnação...
Humanos
Fomentando brisa
Transformando,
Embora a luz se apague,
Um dia,
Caminhando estamos
Na resplandecente
Forma humanital de existir
Navegantes...aqui.
Presentes, apenas,
Natureza.
O dinheiro,
Mesquinho, escravo,
Transferência de valores.
E o natal chamando
Para vermos sua essência.
Apenas estamos aqui.
Observando as lagartas
E a borboleta voando.
Onde?
Onde?
Humanos matando humanos,
Semelhante a semelhança de Deus.
Onde?
Onde?
Na alma da esperança
De uma espécie
Humanitária
Onde  colococaram um Deus.
No coração: o amor.
Ali está o segredo,
No ser inteligente,
Criado por esse criador,
Do início ao fim.

Vanize Claussen
10/12/2015



sábado, 28 de novembro de 2015

BORBOLETAS AZUIS

Penteando os cabelos,
intactos,
vou serpenteando
de fitas coloridas
as rolhas dos vinhedos.
A alegria exala:
uvas frescas no quintal!
Lugar de querer ficar, pomar...
Ah! Esse tempo !
Outrora infantil,
chamando.
Não posso explodir o tempo
para voltar,
mas a lembrança
dessa inocência,
caminha nas veias
escondidas do corpo.
Aqui estou
cozinhando pensamentos
que muito atrás
refrescavam as idéias.
Agora,
apenas desejo...
Que venha ao meu encontro
aquilo que preciso.
E assim sigo,
o caminho encantado,
das borboletas azuis.

Vanize Claussen
28/11/2015




BRISA

Hoje percebo-me.
Percebo-me branca,
negra, amarela...
Percebendo da vida,
cores intactas,
nascidas na tela
de minha rua.
Hoje estou à deriva,
viajando no mar
de barco à vela,
coroada pelas águas da vida,
navegado vou
vestida de azul,
verde, branco e amarelo.
Despejada de mim,
olhando o quarto-mar,
catarse infinita,
de uma infinitude
igual ao rolo de papel higiênico.
A inércia da cama
observa-me,
estampa-me de olhar
a tela pendurada,
sorrateira fala:
casal num sexo gostoso,
prazer de visões,
expansão de imagens, idéias.
Hoje acordei brisa. 

Vanize Claussen
28/11/2015


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A VIAJANTE

Breve,
o silêncio
que me aporta,
onde os trilhos,
intactos,
começarão a girar.
A viagem começa,
agora,
de dentro para fora,
sob as rodas,
vagueantes de luz,
do trem.
São centelhas,
expandidas,
brilhantes
a faiscar
no giro.
A festa começa,
o céu acompanha,
há leveza em seu brilho.
As carretilhas do tempo
já rememoram infância,
tempo de não voltar,
apenas saudade.
A idade recupera a cor
das lembranças,
angariando certezas
sem juízo,
apenas deixar viver.
O instante aparelha,
aproxima e deixa ferver,
interior de arte.
A rotina sumiu,
soterrou-se,
e o algoz
é agora seu libertador.
Os cárceres,
para trás.
A viajante,
apenas observa,
das orelhas do trem,
os vaga-lumes.
Então,
os contornos,
corpo sedento,
alma alerta,
abrem-se na fulgaz
parceria de seguir,
apenas ir,
sem destino,
acontecendo agora.
A hora,
no relógio paralisado,
não voou,
apenas ficou parado,
enquanto ela seguia
seu destino de pérolas.

Vanize Claussen
15/10/2015





CURA, EU ACREDITO

    Bem, eu acredito em curas, as quais serão eternizadas quando apreendermos, no plano psicológico e mentalmente,   onde está o ponto do erro de nossa parte para que possamos encontrar o nosso verdadeiro caminhar. 
    Sim, digo, um caminhar mais deslumbrante que está de acordo com o que somos , temos e podemos realizar.
    Também precisamos ter foco nos percalços da vida, que intimidam encontros, sejam para nosso aprendizado ou não, muitas vezes cruéis e outras vezes com a leveza de uma pena de pássaro que se soltou e fluiu ao vento.
    Quando percebemos, ao passar da idade, que cada vez mais somos interligados, numa força deslumbrante que vem de cima e que acontece aqui neste plano, sabemos que nada é ao acaso, inclusive encontros de amores improváveis.
    A intimidação está apenas dentro de nós mesmos quando atingimos alguma plataforma de caminhada e não conseguimos saltar à frente.
    Estamos num percurso inquietante de estar ligados à materialidade da forma física e, assim sendo, desligados, por certo, de questões mais espirituais acima desse plano de imagem a que vemos aqui.
    Quando entranhamos num turbilhão de situações que nos provocam desespero ou inquietamento, foi permissão nossa deixar que acontecesse. Na verdade, as escolhas nos direcionam à algum lugar, experiências ruins ou boas irão acontecer, independente de acharmos que o caminho é o certo. Acredito que é relativo o estágio em que nos encontramos e que nenhum de nós sabe tudo, completamos uns aos outros.
    Estamos, pelo que consigo observar, em evolução constante e mudanças vaporizadas de emoções que muitas vezes deixamos de ver , sentir e cheirar presencialmente.
    A palavra , escrita ou falada, que poderia ser alvo de grandes evoluções entre nós humanos, como acontecia através inicialmente com os grandes pensadores, hoje se tornou em fórmula para estudo, apenas.
    Estamos, a humanidade, num dilema de resoluções, onde a crise mundial afeta bilhões de pessoas (todas), pois estamos todos num planeta vivo.
    A crise começa a se estender em variadas áreas e fico pensando e falando de crises interiores, mas não temos como separar o interior do exterior, está tudo ligado.
   Acredito, ainda assim, que podemos diminuir a marcha de nós mesmos e do planeta. A aceleração mundial devido a globalização ganhou surpresas de falta de tempo aos humanos, o que afeta muito toda situação quântica bem elaborada.
    Estamos num momento crucial em que a crise financeira será tão intensa que talvez devêssemos repensar os padrões de vida numa terra tão rica e disposta a receber cada um de nós com alimentações saudáveis tiradas de seu âmago.
    Minha imperatividade em relação aos inícios e fins, estaria ligada a tudo isso, pois quando as pessoas, já desconhecem o valor de olhar ao redor e ver com presença, clareza o que lhes envolvem, só podemos discernir que estamos indo por água abaixo, caso não ancoremos este barco na paralisação de consumismo indecoroso.
    Bom, se cada um de nós fizer sua parte, teremos ainda um bom tempo neste planeta. Devemos primeiramente exterminar de consumir aquilo que não é útil, diminuir padrões de vida ( não ostentar), eliminar alimentações modificadas para que tenhamos uma melhor saúde, consumir água potável e amar o nosso semelhante independente dele não saber aonde vai.
   Não tenho aqui soluções, são apenas visões que meus olhos observam e acreditam que aja um caminho para nossas curas de todas as espécies e , principalmente da psiquê e alma. É só manter a calma e observar para agir para o bem de todos.

Vanize Claussen
15/102015




terça-feira, 13 de outubro de 2015

INTENSIDADE

Intensos olhos,
pesquisa,
ventre de cor,
que derramando,
vai regateando,
solavancos,
dentro,
alma afim.
Olhar de procura,
transtorno,
psiquê,
in-solução.
Representação,
imagem,
viagem de tempo,
espaço de calor,
intensidade.
Verdades incoerentes,
decência de existir,
realização de sonho,
toque pessoal,
inflamação de alegria.
Pesquisa de útero,
lábios atentos,
folhagem intensa,
vibração.
Gavetas fechadas,
intensas certezas,
conteúdo inerente,
coerente,
dissolvente,
grama-cor-estar.
Naturalmente,
verde folha,
vibrante desejo,
pano redondo,
olhar de caju.
Solavanco discreto,
tormento completo,
restauração intensa,
reorganização.
Fagulhas desleixadas,
tomadas,
largadas,
navegante contorno,
água,
rabiscos,
subida.
Trancafiados,
aventura de alma,
molhados de brisa.
Perdidos, achados,
intocados,
intensos.

Vanize Claussen
13/10/2015




ADORMECIDOS

Os galhos,
os talos,
os cheiros,
discretos temperos
de cor e de paz.
São pedaços,
percalços,
retratos de vida
que breve estão.
Passagem,
cor,
vapor de sonho,
contato de luz.
Romãzeira na janela,
espera de fruto,
contato com terra,
adormecida nota de espera.
Felicidade no prato,
comida,
salada,
família, 
amor.
Sons passarinhais,
cantantes desejos,
viagem de luz.
Nevoa que chega,
esfriando memória,
de sabores inexatos,
intacta hora,
dos adormecidos da vida.

Vanize Claussen
13/10/2015


IMPERMANÊNCIA

Os átrios abertos,
na solicitude de ir,
sem destino,
nalgum lugar,
além daqui...
Encantos
entremeados,
de natureza,
singeleza de coração.
solfejos discretos,
de alma.
Energia de cores,
insubstituíveis,
de velocidades,
intangíveis
neste plano,
aqui.
Mas, 
dentro,
percepção,
verdade,
harmonia,
alegria,
de estar presente,
sem mutações,
ainda.
O tempo,
enriquecendo,
somando 
pensamentos,
soltando 
argumentos,
naturais,
natureza de ser.
E no abraço,
do contato,
de toques discretos,
solicitude de alma,
certeza da calma,
em estar a caminho
de algum lugar,
bonito.
Fotografias,
de tempos,
de folhas,
de solturas,
apenas captar,
imagens,
impermanência,
continuidade,
certeza de ir,
um dia,
para casa.
E na ruptura,
certeza de presença,
ainda viva,
de imagem,
de lembrança,
de volta,
de ida
a algum lugar:
tão perto e distante,
tão pesado e leve,
tão tudo e nada!
Discreto som,
emanação,
vibração,
almificação,
ebulição,
tormenta alegre,
estar e não estar.
Seguir o fluxo,
o destino,
as águas,
ir,
na simplicidade,
ir,
na velocidade,
ficar,
natureza.
Idéias loucas,
poucas,
muitas,
orientando voar,
presença.

Vanize Claussen
13/10/2015








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