domingo, 27 de setembro de 2015

DESPOSSUÍDOS

Os despossuídos de luz
buscam em meros atos,
o nada.
A imagem se cria...
O poeta
acende a luz,
traz imagem de gratidão,
que força os Despossuídos,
a verem,
na magia das palavras
estreitos laços de fitas
enfeitando aquele tom,
iluminando o rosto mosto
daquela mulher menina
que entoou amigos
na cachaça discreta
da vida e no tom,
autêntico vinho,
da luta pela vontade de viver,
e pela mãe natureza.
A força é tudo isso,
a raiz que brota,
invade atentando,
barulhos discretos,
latidos,
cidade,
noite,
 sons diversos,
alaridos.
Somos esse verso,
essa palavra,
esse absurdo aos olhos 
dos despossuídos.
Só risos e lágrimas,
vertidos aos que
não alcançam
o trem das flores musicais.

Vanize Claussen
24/09/2015


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

LIÇÕES/ TALVEZ

Burburinho, 

Total espaço, 
Conversa, 
Fora? 
Lições de vida, 
Talvez, 
Concerto, 
Conserto, 
De histórias, 
Músicas, 
Vida. 
Bendita espera, 
Fraterna 
Do amor, 
Ainda não. 
Breve espanto, 
Presença, 
Acontecimento, 
Unicamente, 
Diferente, 
Total. 
Ouvi, 
Racha ,
Despacha, 
A pipa, 
Solta, 
Boa,.
Então, 
Concentração, 
Hibernação, 
No bar,
Cantante, 
Vozes. 
A porta aberta, 
Espera, 
Que não cessa,
Caminho, 
Caminha, 
A Cuba molha, 
Olha, 
Estrada aberta, 
Deserta, 
Carros. 
Você chegando 
Aqui.


Vanize Claussen 

11/9/2015

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

APENAS ROSA

Nos escabelos do linho,
vinho,
entoação de alegria,
folia de cor.
Nas promessas descabidas
de teu amor,
apenas passarinho
em revoada.
Indo adiante, vou
cantante todos os dias,
e a vida abrindo
soltando o rolo
distraindo, musicando,
cantarolando a dança
desse caminho, sem volta.
Desentupi o coração,
desarrolhei as portas,
escancarei as janelas
 abri tudo,
parti.
Agora,
enlaçar-me-ei,
apenas, brisa.
Estarei, apenas, vento.
O tormento revoou,
o encanto da vida voltou.
Novamente vejo a cor
de meus olhos,
porque a dor,
apenas rosa
que me plantou.
Exalo sorrisos, levezas,
solturas e amor.
Sou apenas uma flor.

Vanize Claussen
8/9/2015

INTACTA HORA

Nos escabelos do peito,
arminho,
digno e lânguido pulsar
que das entranhas
de alma
lembram teu beijo.
O tormento,
lamento que trouxe,
invade-me de gotículas
limpas, agora.
Embora a criança,
batendo em seu peito,
chore,
nenhum lamento é maior,
estado descrente
de dizer-me apaixonado.
Na procura,
o encontro
e do pranto limpo,
o sussurro
de meus olhos inquietos,
sorrisos de luz,
lábios certos
a me procurar.
Cantante destino,
invade-me,
arde e faz vibrar
a vida,
cada vez mais forte,
cada dia mais revoada
de antenas brilhantes
chegando em mim,
entrando, invadindo
e entoando música
nessa pequena,
que de tanto, 
errante,
acerta-se dentro,
realça agora.
Sem demora,
resplendor,
ação 
de enigmáticas cores
queimando,
o negro perfume
que me deixou.
Solvência,
descaso,
falta de um traço,
rompimento agora,
intacta hora,
estigma findado
por ser destroços,
amor que não vingou,
espera incoerente,
demente de acarinhamento,
sem entoar:
Fora!
Vá com o vento,
embora agora!
Não mais,
quero,
nem pensamento,
com escremento
de visão insana
profana incongruente
de persona escorregadia,
vadia de parâmetros,
vazia de amor.

Vanize Claussen
8/9/2015



DESUMANIDADE

As marcas deixadas, 
Dentro da revoada de brisa, 
História que vai, que fica,

Na correria de crianças,
Explosão... 
Somente lembrança, 

De uma tormenta,
Onde a escafandria,

Civilizatório consome, 
Descartável, 
A infância.
Alimentação, atualidade,
Infeliz inferno de verdade, 
Consumo de letras, 
Robôs enfeitiçados,

Alimentação deformada, 
Humanos, transmutação.

Arredio tempo, 
Dissolvendo estigma, 
Trovas mutação,
Cromossomos deformados, 
In-humanidade,

Deseducação.

Vanize Claussen 

9/9/2015



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

PARA AS AMIGAS MULHERES DO MUNDO.

Para mulheres:
solteiras, solteiro;
casadas, marido;
mães, filhos;
livres, viagem;
inteiras, livros;
fracas, vitamina;
fortes, cerveja;
alegres, vinho;
intelectuais, poemas;
faceiras, vestido;
amantes, objeto;
errantes, saudade...
Para todas a mulheres,
TEMPO:
Tempo de vestir,
de cantar, de sorrir,
de escrever, ler e soltar;
de brincar, correr, mergulhar e viajar.
Para cada uma delas,
ESPAÇO:
de ver, sentir, amar...
Para elas,
assim como para mim, MULHER,
o toque infinito de DEUS.

Vanize Claussen

7/9/2015

domingo, 6 de setembro de 2015

COMO SINTO SAUDADE!

Sinto saudade de casa,
da casa de minha avó,
onde brincadeiras
eram intensas,
as comidas exalavam carinho,
a fartura de amor,
dentro da alma.
Infância que não se esquece,
paraíso que guardamos
dentro de experiências,
as mais íntimas da alma.
Ah! Como sinto saudade!
Minha avó fazendo doces,
meu avô contando histórias
e das incertezas infantis
que hoje só vejo chorar.
Era um tempo de alegrias,
apesar dos choros:
de um corte no dedo
ou de um joelho ralado.
Quando lembro
da minha infância,
sinto paz, alegrias, saudades,
de um tempo diferente:
das brincadeiras de pique,
dos banhos de rio no verão,
das comidinhas feitas
num fogão improvisado no quintal,
dos ovos pegos no galinheiro de meu avô.
Quanta curiosidade!
Lembro também das árvores frutíferas.
subíamos nelas a pegar:
laranjas, araçás, jabuticabas, amoras.
"Vou contar pro seu pai que você namora".
Ah! E a brincadeira de feira
no quintal da vovó!
Vendíamos frutas,
num tablado de feira do meu avô.
Quanta alegria ficou na memória,
alegrias de uma saudade atrás.
Quanta saudade de um tempo,
tempo infantil que não volta mais!


Vanize Claussen

6/08/2015

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