segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTENÇÃO

Aquece-me,
transborda em mim,
essência.
Satisfaz-me,
de sabor,
calor de vida.
Contenta-me,
de verdades,
saudade.
Envolve-me,
com teu corpo,
tua luz.
Solta-me,
inteiramente,
leveza.
Encanta-me,
de liberdade,
delicadezas.
Retrata-me,
na tua fotografia,
encanto.
Soletra-me,
nas incertezas,
iluminação.
Exala-me,
de olhares,
intensidade.
Vagueia-me,
de luar,
viagem.
Transborda-me,
na fortaleza,
caminhada.
Agarra-me,
de estrada,
intenção...
      ação...
  doação...
        ção...
          ão...

Vanize Claussen
31/08/2015





domingo, 30 de agosto de 2015

DESFILANDO

 No trôpego pulsar,
a esquina desafoga,
mágoas,
além...
Não desatina ainda,
perdão,
ressurreição.
A fervura,
ainda quente,
aquece vontade,
apenas ir.
Nas tramelas 
da porteira,
abrindo canção,
pegadas.
As estradas,
abertas;
o coração,
arredio.
O frio interno,
passando,
fugindo,
nas linhas costuradas,
internas da pele,
macerada,
castigada.
Agora,
abrir o olhar,
novamente,
à frente ir,
sem fugir,
apenas passar
desfilando por aqui.

Vanize Claussen
30/08/2015



SAUDADE

O assovio interior,
no ouvido,
desata os nós,
desfaz os impedimentos,
realiza a certeza.
O tempo brilhante do sol,
adentra dia,
vagueando notório
de muitas alegrias.
Apesar da cabeça,
ainda pesada,
vai saindo sorrateira,
a semente,
latente em seu útero.
São pensamentos,
movimentos de cores,
além da imaginação,
que aquecem alma,
esquecem lamento,
soltam-se no momento,
aqui.
Nessas linhas escritas
de arroxeado amarelado,
vai saindo tempestade,
vai idade,
vai tudo,
fica apenas criança,
lembrança da infância,
 na memória presente.
Saudade.

Vanize Claussen
30/08/2015




VIAGEM

A interna sedução,
despenteia a vida, 
revigora a alma,
desalenta tempo,
entontece de formas,
essência.
E o caminhante vai,
descarrilhando a certeza,
estar em um qualquer lugar:
no vagão de algum trem,
ou na imensidão do barco,
ao mar.
Sua rima se perdeu,
pelas pegadas sobre o tempo,
se esvaiu em velocidade,
com a idade.
O viajante caminha,
corre sobre nevoeiros,
passarei-a sob o capim,
dissolve o fundo do mar,
mergulha.
Na penumbra,
olhos mágicos,
visão de fogo,
luz incandescente,
mente abre.
A fuga instantânea,
ilimitada certeza,
corrida infinita,
nas águas da vida.
Espera!
Lá vem o trem!
Salta o andarilho
de dentro das águas,
olha ao redor,
percebe a luz.
ILUMINAÇÃO.

Vanize Claussen
30/08/2015


SOLFEJO

Troco-me,
desato os nós,
os cabelos.
Absorvo brisa,
despenteio-me,
 inteira,
alegria.
Elevo-me,
descrevo-me, 
observo as águas
lavando minha alma.
Já não aqueço,
esfrio,
acalorando,
apenas dentro.
Os folguedos,
embora discretos,
acontecem,
nesta alma andarilha
de visões.
Solfejo,
abro a comporta,
grito e cartase-o,
aquele sentimento
chamado amor.
Amo e declino-me,
infinitas elucubrações,
quase à comporta,
existir...
Soterro a lua,
divagações sutis,
abro a claridade,
já é dia,
ACORDA! 

Vanize Claussen
30/08/2015

sábado, 29 de agosto de 2015

PAZ

Soluções inteiras,
solteiras,
discretas,
ao léu..
O papel amassado,
cartas queimadas,
jogadas ao chão.
Na cama,
apenas espaço,
largada do braço,
alheio,
cantante de música,
o corpo espalhado,
relaxamento.
Chega de bagagens!
Absurdas imagens,
de corpos ingratos
em suas almas infelizes.
CHEGA!
Agora o tempo chegou,
PAZ.
O horizonte chama,
o sentido,
ir além de pequenezas.
Virando a mesa,
soltando as cores,
revoando as letras,
numa canção intensa.
O coração,
flor do amor,
agradecido á tudo,
à todos e momentos,
seguindo em frente,
indo além do último declínio.
A montanha obscura,
para trás.
O sentido é presença,
ser presente,
estar aqui, 
viva.
Soltando amarras,
caminhando além,
navegando o auge,
comunicando esperança,
criança.
A alegria intacta,
certeza de continuar,
os sonhos, 
servidos
na bandeja,
seguindo,
acontecendo.
As maletas de integrações
inquietantes,
noutra alma, amar,
dissolvidas em átomos,
ao céu das cores,
para além dessa existência.
O amor humanitário,
chegando,
fluindo,
dentro navegando,
tranquilidade.

Vanize Claussen
29/08/2015



BRISA DE AMOR

A simplicidade acontece,
entontece,
disfarça a pele
que jaz cravada em si mesma.
A atenção desaparece,
e dissolvida vai,
cantante ao nada,
além da observação alheia.
Os passos inquietos,
cessaram,
sumiram,
caminharam pra algum lugar,
à deriva,
não mais.
A floresta assobia o sopro,
vida,
pertinente exala dentro,
alma andarilha vem,
olha e vai.
As centelhas infinitas,
célula-DEUS,
entopem o caminho,
desentopem a alma.
O coração arredio,
recebe o vento-luz,
transformação,
mudança,
satisfação de criança.
São passageiras
todas as formas,
mas exalam o perfume das rosas.
Então,
no elemento cortante,
língua,
desfaz-se o corte,
refaz-se, brisa e paz.
E na memória da imagem,
mais densa,
renova-se o brilho,
retrata-se a vida,
cura-se, alma,
desfaz-se o medo.
Os trilhos se vão,
ficam atrás,
em algum lugar.
Agora a jornada é quente
brisa de amor,
iluminação.

Vanize Claussen
29/08/2015

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