sábado, 1 de agosto de 2015

ALMA PASSEANTE

Das surpresas,
desatados os fios,
os nós, 
seguindo o som,
do chorinho carnavalesco,
transbordando estrelas,
observando botões amarelos,
a vida segue boa
nesse feriado completo.
E, discretamente,
resolvendo andores
de passarinhadas lembranças...
Restaurando internas,
inteiramente,
na vaguitude dos traços
o compasso do retorno.
O foco retrata 
a paisagem verde
que renasce dentro,
nas entrelinhas pensamentais.
A água observadora inquieta,
continua seguindo o fluxo.
Ah! Tempo ligeiro,
que faz meu amor demorar!
Traz para mim esse beijo
que anestesia musicalmente
a minha alma passeante,
andante de vida!

Vanize  Claussen
15/02/2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

PASSANDO

Tudo passa nessa vida,
passadeira,
passaralho,
passarinho,
passageiro,
passa quatro...

E tudo vai passando
em revoada de luz...
Até ferro passa roupa!
Quem diria então,
que a água não vai passando?


Tudo passa,

as vezes repassa,
transpassa
em momentos instantâneos
em movimentos presentes.


Nem o tempo,

nem mesmo o espaço,
podem impedir que passe,
o enlace num instante,
os segundos da vida,
de passagem por aqui.


Vamos passar então!

Desfiando nossos sonhos,
desfilando as idéias
e desatando o amor
num fomento de alegria.


Beijos, fui...

estou só passando.


Vanize Claussen

14/02/2015

ESTRELAS

Choques...
dissolvidos numa verdade,
insana, profana
de apenas viver,
deixar ir
para que venha...
Apenas,
sentir...
ao longe,
o vento,
o canto dos passarinhos
amanhecendo,
dentro.
Os sons realizantes
no cantar estonteante
de prosseguir,
sem medo...
apenas seguir em frente,
olhando estrelas.


Vanize Claussen

06/12/2014

IMPLACÁVEL

O gosto do sol
amanheceu o dia,
trazendo fortalezas invisíveis
e pensamentos realizadores.
O discreto ventar
acalora o corpo
da brisa quente da manhã.
São os primeiros momentos
habitantes da alma que acorda.
A claridade invade,
casa a dentro adentra
soltando raios de amanhecer.
A imaginação aflora  
dissolvendo ranhuras
das paredes mentais,
entrecortando fórmulas,
antes ditadas,
numa resolução definitiva.
Não há contradições,
mas uma certeza
que as amarelas paisagens
ficaram para traz.
Agora, o som passarinhal,
junto aos latidos,
nesta manhã de domingo,
em setembro,
soltam-me, tecem-me,
amortecem as entranhas
do meu amor...
e passam percebidos
no ressurgimento,
de passos firmes vou.
E assim, cantando,
vou navegando a vida
esperando a data incrível
que serei a rainha do amor,
implacável, impecável.
O vento não machucará,
a mente não mais reverterá.
Seremos uníssonos
no amor e na arte de amar.

Vanize Claussen
14/09/2014



SENTIDO

Hoje,
a estampa do tempo,
traz a brisa
do nevoeiro chegando.
Minha alma
sobrevoando a vida,
dissolve temores,
antes contidos.
Não tenho pressa
mas não arrasto tempo.
A solução acontece,
gradativamente,
no elemento inquieto
do coração apertado.
Solvendo as flores,
que entregues foram,
recebo rosas vermelhas
de teu amor inquieto,
mas perfeito para mim...
E a poesia vai saindo,
caminhando na estrada,
inquietando outros corações,
acalmando afins,
acalentando almas,
num abraço imparcial,
virtual e humano.
Assim o tempo grita
soltando pétalas da vida
nos momentos de amor.
Assim a rosa exala
o perfume do teu cheiro flor,
em mim.
Nasce agora a esperança,
no sentido de passagem,
aqui.

Vanize Claussen
12/09/2014

terça-feira, 30 de junho de 2015

ASAS

O barco está na margem, 
onde a claridade se instalou em brisa leve.
O dia caminha
encantos jamais experimentados antes.
São os feixes do horizonte
que vão se abrindo em névoa
 prateada e dissolvendo 
os murmúrios inquietos da noite.
Os passos úmidos desenlaçam 
as corredeiras e solfejam 
inquietos andarilhos 
pela manhã de inverno, 
entoando aquecidos
 dentro de uma espessa bota preta. 
Caminham em direção
a grande queda da cachoeira,
onde se encontram poucos turistas 
e ninguém ao menos percebe aquele 
ser inquieto que caminha apressadamente.
O dia ainda rompe irritadiço 
pelo pulsar do horizonte que lhe atrela,
 mas levemente o sol 
vai entoando seu espetáculo para todos.
As grades que estão bloqueando,
apenas deslisam pelo vácuo interno.
as asas se abrem
e o voo acontece.

Vanize Claussen
30/06/2015

sábado, 27 de junho de 2015

APENAS FLOR

Estou à deriva,

desencadeando latas vazias,

e abrindo espaço em mim.

Sou configuração certa,

descartando colheitas erradas,

apenas estou seguindo o rumo

de preparação do amor.

Ah! O amor,

que tantos querem viver,

e tantos dissolvem ao ter!

O amor bendito,

o amor escrito pelas estrelas,

na alma dos sensíveis.

Quanta sedução, alguns!

Quanta distração, outros!

Mas a destreza de olhar,

na eternidade alma de ser,

faz-me abrir as entranhas

do caminho interior.

Sinto-me afagada,

lavada, revestida,

situada na luz 

da essência de ser,

apenas flor.




27/ 06/2015

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